Médicos de todo País realizam nesta quarta-feira (21) o "Dia Nacional do Protesto" com o objetivo de alertar autoridades e a população sobre as más condições de trabalho dos profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). O movimento é encabeçado pela Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
Profissionais de todo o Brasil entrarão em estado de alerta e lideranças médicas anunciarão na sede da AMB, em São Paulo, um calendário de atividades que deve determinar uma paralisação nacional. O tema da mobilização é "medicina brasileira exige respeito".
Para marcar a data, a Associação Médica do Paraná (AMP) em parceria com o Conselho Regional de Medicina/PR organizou uma manifestação às 10 horas no Hospital de
Clínicas da UFPR.
Entre as reivindicações estão tornar o serviço público eficiente na área da saúde; melhor atendimento à população; reajuste de 100% do montante destinado aos honorários médicos do SUS; remuneração piso de R$
6.963,52 para 20 horas de trabalho (conforme
recomendação do último Enem); carreira de Estado e implantação de plano de cargos e salários para os médicos no SUS.
A AMP já lidera uma batalha dos médicos paranaenses para reivindicar as cobranças do "Dia Nacional do Protesto". Recentemente o Ministro do Planejamento Paulo Bernardo, esteve em Curitiba para um almoço com a
AMP e representantes de entidades da classe médica para um pedido de apoio à aprovação da emenda 29 - determinação que o governo federal terá de repassar 10% do Orçamento da União para a Saúde e os Estados devem
direcionar 12% da receita e os municípios, 15%. Também foi organizado um manifesto com cerca de 10 mil assinaturas em repúdio a situação agonizante da Saúde.