Fevereiro é considerado o mês de conscientização sobre a fibromialgia, síndrome crônica que tem como principal sintoma a dor generalizada em todo o corpo – além de problemas de sono e intestinais, fadiga, distúrbios emocionais, dificuldade de concentração e falta de memória.
Conhecida como Fevereiro Roxo, a data foi criada para divulgar mais informações sobre a síndrome e conscientizar a população sobre o diagnóstico.
Estima-se que, no Brasil, 2,5% da população conviva com a doença, sendo que 90% dos afetados são mulheres. Além disso, entre 30% e 50% dos pacientes possuem depressão ou ansiedade.
Ainda não existe uma causa definida para a fibromialgia. Seu diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, o profissional de saúde analisa o quadro do paciente, exclui outras possíveis causas dos sintomas, e chega à conclusão diagnóstica.
"O foco do tratamento é evitar a incapacidade física, amenizar sintomas e melhorar a saúde de uma forma geral, uma vez que ainda não existe cura para essa condição", explica a farmacêutica Lívia Teixeira, idealizadora do programa De Bem Com a Fibro e pesquisadora em dor crônica na Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Segundo Lívia, que também é paciente, o projeto foi criado com o intuito de ajudar outras pessoas com fibromialgia a conviver melhor com doença. Até o dia 11 de fevereiro, ela realiza a Semana De Bem Com a Fibro, evento online e gratuito para divulgar informações e compartilhar os aprendizados que reuniu ao longo dos anos.
Abaixo, a especialista aponta sete sinais que podem ajudar a identificar se uma pessoa tem fibromialgia:
Mais cansado do que quando foi dormir: a sensação de não ter descansado durante o sono é muito comum na fibromialgia – é o que chamamos de sono não restaurador;
Mais dificuldade de se concentrar do que o normal: existe um sintoma muito frequente na fibromialgia que se chama "fibro fog" – a névoa mental causada pela doença;
Dores espalhadas por todo o corpo, mesmo não apresentando nada nos exames: a dor da fibromialgia é o que chamamos de difusa ou generalizada, e persistente, ou seja, nunca vai embora;
O intestino já não funciona como antes: a síndrome do intestino irritável, que pode alternar momentos de constipação com diarreia, gases e estufamento é bem frequente em portadores de fibromialgia;
Dificuldade de se lembrar das coisas: o fibro fog também pode causar problemas de memória;
Fadiga mesmo sem ter sono: a fadiga, essa exaustão do corpo e da mente, é muito comum em quem tem fibromialgia, mesmo que a pessoa não tenha sonolência;
O corpo acorda muito rígido de manhã: a rigidez matinal geralmente acompanha o paciente de fibromialgia, e o corpo pode acordar muito duro. Esse sintoma vai melhorando ao longo do dia.