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Câncer de mama

Casos triplicam em mulheres com menos de 40 anos

Redação Bonde
25 out 2007 às 19:19
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Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) aponta que o número de mulheres vítimas de câncer de mama com menos de 40 anos triplicou nos últimos três anos. Segundo o levantamento, em 2003, 5,6% das mulheres mais jovens com câncer tinham esse tipo de tumor. Em 2006, esse grupo passou a representar 16,8% nos diagnósticos da doença.

Responsável pela pesquisa, o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Diógenes Basegio, explicou que as mudanças de estilo de vida da mulher moderna tornaram significativo o aumento dessa estatística.

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"A vida moderna fez com que a mulher mudasse seus hábitos e passasse a ter uma carga muito maior de estresse, que é um dos fatores importantes no desenvolvimento do tumor", afirmou o médico. "Além da casa, a mulher tem de lidar com as atividades profissionais e a vida social, o que provoca mudanças nos hábitos alimentares e estimula o tabagismo e a maior ingestão de bebida alcoólica, que também são fatores importantes para provocar câncer".

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Para Basegio, outro dado que influencia esse índice é que atualmente as mulheres têm cada vez menos filhos e decidem engravidar mais tarde. Ele ressaltou ainda que doenças antes comuns apenas em homens hoje já atingem igualmente homens e mulheres, como o câncer de pulmão e as doenças cardíacas.

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O médico reclamou também das dificuldades que as mulheres têm em fazer exames de média e alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja pela falta ou quebra de equipamentos. Ele citou ainda da concentração dos tomógrafos nas Regiões Sul e Sudeste. "A mulher enfrenta, muitas vezes, uma fila de até seis meses para fazer uma mamografia, tempo que certamente poderia mudar o prognóstico dessa paciente", lamentou.


Para reverter esse quadro, disse Basegio, são necessárias políticas públicas que facilitem o acesso às mamografias de rotina a partir de 30 anos. Ele aconselha a visita anual ao médico, a partir dos 20 anos de idade.

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O médico destacou a necessidade de ampliar as campanhas para estimular o auto-exame de mama. Segundo ele, o auto-exame deve ser feito logo após menstruação porque é o período em que a mama perde o inchaço e volta à normalidade. Para as que não têm mais ciclo menstrual, explica, o procedimento pode ser feito em qualquer dia do mês.


"O câncer de mama se manifesta por meio de um caroço, que normalmente tem crescimento lento, não dói e pode ser descoberto através do auto-exame. Se fizer o procedimento todos os meses, a mulher vai aprender a conhecer sua mama e não vai ter dificuldade para saber o que é normal e o que está alterado", explicou.


De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2006 foram registrados 48.930 novos casos de câncer de mama. Segundo Basegio, a estimativa para este ano é de 53 mil novos casos e de 12 a 13 mil mortes. "Hoje o câncer de mama é um problema de saúde pública no país. Por isso, a descoberta, a cura e a modificação desses números estatísticos vão depender muito da conscientização das mulheres", afirmou.

O presidente da SBM esclareceu ainda que, atualmente, não é necessário retirar a mama no caso de tumores em estágios iniciais. "Nos casos que eventualmente tem de ser retirada a mama, é possível fazer a reconstituição no mesmo momento da cirurgia para extrair o câncer", informou. (ABr)


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