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Baixa umidade atinge índices perigosos; saiba como minimizar efeitos

Redação Bonde com assessoria de imprensa
16 set 2020 às 11:30

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- Pixabay
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O ar seco cobre boa parte do País. De acordo com a previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), esta semana, a umidade relativa do ar deve variar entre 10% e 30% nas regiões sul, sudeste e centro oeste, bem abaixo dos índices de 40% a 70% preconizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para a saúde.


Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, o efeito mais visível da estiagem é o ressecamento dos olhos, garganta e nariz, mas vai muito além disso. "Prejudica todo nosso organismo porque além de lubrificar nossas mucosas, a água é essencial no metabolismo por transportar nutrientes e eliminar toxinas", explica.

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Nos olhos, o especialista afirma que o período de estiagem dobra o número de pessoas com vermelhidão, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. É a síndrome do olho seco decorrente da maior evaporação da camada aquosa do filme lacrimal que tem a função de proteger a superfície ocular das agressões externas. "A diminuição da lágrima aumenta o risco de alergia nos olhos, principalmente entre pessoas que já sofrem com outras doenças alérgicas como asma e dermatite. A falta de lágrima também pode facilitara inflamação da córnea, ceratite, bem como contrair conjuntivite, inflamação da conjuntiva por vírus ou bactéria”, pontua.

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Grupos de risco

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Mulheres na menopausa, idosos, quem trabalha muitas horas no computador, portadores de doenças autoimunes, quem usa lente de contato ou medicamentos como antialérgico, antidepressivo e diurético são mais propensos à síndrome, salienta.


Tratamento

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Queiroz Neto destaca que é muito comum pacientes que têm olho seco chegarem ao consultório com um saco de colírios lubrificantes que não resolvem o problema. Ele afirma que isso acontece porque existem vários tipos de colírio lubrificante que agem nas diferentes camadas da lágrima. "Se o colírio não for adequado à deficiência do paciente é claro que não funciona", pondera. Resultado: Quando buscam consulta médica já estão com uma conjuntivite ou ceratite.


Outro erro comum cometido pela população é pingar soro fisiológico nos olhos para diminuir o ressecamento. "O sal do soro aumenta a irritação. Além disso, a solução não contém conservante e depois de aberta se transforma em campo fértil para o crescimento de bactérias e fungos que contaminam a córnea e conjuntiva”, alerta.

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O tratamento mais avançado para olho seco, observa, é a aplicação de luz pulsada que estimula a produção da camada lipídica. É indicado quando no exame do filme lacrimal é diagnosticada esta deficiência. "Com apenas quatro sessões o tratamento é finalizado", comenta.


Dicas de prevenção

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As dicas do oftalmologista para prevenir o ressecamento da lágrima e a desidratação do organismo são:


Beber água com frequência.
Incluir na alimentação de ômega 3 encontrado em nozes, semente de linhaça, salmão e sardinha, mais as frutas verduras e legumes ricos em vitamina A e E que protegem os olhos
Colocar vasilhas com água nos ambientes.
Evitar ambientes com ar condicionado.
Manter os ambientes livres de poeira.
Desviar os olhos da tela do monitor por 5 a 10 minutos a cada hora.
Piscar voluntariamente quando usar o computador.
Proteger os olhos com óculos apropriados nas atividades externas.

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Riscos da automedicação


O especialista reitera que nenhum colírio deve ser usado sem acompanhamento médico para evitar complicações. Os sintomas do olho seco são muito parecidos com os da alergia ocular e conjuntivite, comenta. Já os tratamentos, são bastante diferentes e em alguns casos as doenças ocorrem simultaneamente. "Usar colírio antibiótico indicado para conjuntivite bacteriana em olhos com alergia piora o processo alérgico que está relacionado à queda da imunidade”, exemplifica.

A doença só não é grave em estágio inicial. Por isso, recomenda consultar um oftalmologista nos primeiros sintomas de desconforto principalmente neste período de pandemia, já que os olhos com baixa lubrificação ficam mais suscetíveis a todo tipo de vírus. A falta de tratamento adequado, conclui, também pode causar cicatrizes na córnea e comprometer severamente a visão.


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