Saúde & Ambiente

Ar-condicionado sujo "tira" funcionário do trabalho

18 set 2007 às 19:05

Falta de tempo, esquecimento ou desconhecimento sobre as conseqüências para a saúde são algumas das razões pelas quais muitos empresários não realizam a limpeza periódica dos aparelhos de ar-condicionado. Com isso, acabam comprometendo a eficiência do equipamento, que pode se tornar um grande proliferador de doenças no ambiente de trabalho. Há até uma regulamentação específica - portaria 3523 de 31/08/1998 - que estabelece normas e periodicidade para limpeza, manutenção, operação e controle dos sistemas de ar interior.

Entre as doenças decorrentes da sujeira instalada no ar-condicionado estão: sinusite, rinite, otite, amigdalite, faringite, bronquite, pneumonia, asma, gripes e resfriados. Gripes, por exemplo, abaixam as defesas e favorecem infecções mais sérias, como pneumonia, podendo afastar o funcionário por até uma semana do trabalho.


A manutenção freqüente do ar-condicionado diminui o risco de doenças respiratórias e evita a contaminação do ar no ambiente de trabalho, afirma o empresário Assis Francisco da Silva da Air Shield. "As pessoas não fazem idéia da sujeira que se acumula no ar-condicionado", conclui.


Outros problemas - Além dos problemas relacionados ao ar condicionado sem a devida manutenção, quem passa a maior parte do dia no ambiente de trabalho adquire hábitos pouco saudáveis que acabam resultando em complicações. O mais grave é que a pessoa só se dá conta do problema quando adoece. Daí a importância de incorporar e manter bons hábitos - mesmo em dias mais agitados.


Pessoas que utilizam o computador como instrumentos de trabalho, passando horas digitando em ambiente com iluminação precária, estão mais expostas aos problemas de visão. "Os mais freqüentes são dores de cabeça, irritação e vermelhidão na vista, sensações de ardor, tremor involuntário das pálpebras e o agravamento dos problemas de visão em geral", afirma Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos.

Outro problema comum envolve postura e mobiliário adequado. O correto é que mesas e cadeiras sejam ajustáveis à altura do usuário, garantindo que sua coluna permaneça ereta (formando um ângulo de 90º) enquanto trabalha - evitando que "dobre" o corpo. As mesas devem ter, ainda, espaço livre para permitir o movimento das pernas. O ideal é que as bordas sejam arredondadas, para evitar a compressão mecânica sobre os antebraços. Os braços da cadeira precisam ter apoio para os cotovelos, encosto adequado e, novamente, altura ajustável. "Devem completar essa lista os cuidados com a iluminação e a acústica", diz Donizetti Pontim, presidente da Intelligent Table, empresa especializada na produção de mobiliário corporativo.


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