A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai analisar o leite de empresas que tinham como fornecedoras a Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale) e da Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil). As duas cooperativas são acusadas, pela Polícia Federal, de adulterar o leite produzido.
Ainda de acordo com a Anvisa, caso seja encontrada alguma irregularidade, as empresas serão acionadas podendo sofrer sanções que vão de advertência a multas de até R$ 1 milhão.
A cooperativa Casmil afirmou que fabrica produtos laticínios e fornece leite para grandes empresas do ramo como a Nestlé e a Parmalat.
A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (22), em Minas Gerais, 27 pessoas acusadas de crime contra a saúde pública e contra as relações de consumo. As acusações são referentes a adulteração no leite longa-vida produzido por cooperativas das cidades de Uberaba e Passos. Os acusados supostamente usavam técnicas ilegais para aumentar a duração e a rentabilidade do produto.
Foram presos um fiscal do Ministério da Agricultura, o químico autor da fórmula utilizada no leite, além de empregados e diretores de cooperativas. Ao todo, estão detidas 19 pessoas em Uberaba e 8 em Passos.
A Polícia Federal vai continuar as investigações. Para isso, amostras estão sendo colhidas em empresas produtoras de leite de todo o país. (ABr)