A saúde mental é um assunto considerado cada vez mais importante em meio a uma sociedade rodeada de telas, entretanto, em setembro ela se torna ainda mais relevante, com a campanha Setembro Amarelo, período dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio e à promoção da sáude mental.
Em um mundo onde a conexão constante pode amplificar problemas como ansiedade e depressão, é essencial adotar práticas que promovam o bem estar-digital, assim, Rafaael Terra, autor do livro Bem-Estar Digital, aponta quais práticas são essenciais para ajudar nesses casos.
Confira as dicas:
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Monitore seu comportamente online:
Segundo o autor, a autocinsciência digital começa com a compreensão de quanto tempo você gasta conectado e como isso impacta sua vida e, a partir disso, é importante passar a monitorar o uso de dispositivos e redes sociais, questionando se esse tempo está alinhado com seus valores e prioridades.
Aplicativos que registram o tempo de tela podem ser ferramentas valiosas para perceber quanto do seu dia é consumido online. Pergunte-se: estou vivendo ou apenas existindo online? Reconhecer e ajustar seu comportamento digital pode ser o primeiro passo para uma vida mais equilibrada.
Seja intencional com a sua presença online:
Outra dica importante é refletir se sua presença digital está transmitindo quem você é realmente, já que cada post e comentário é um pedaço de quem você que fica na memória dos outros.
Pergunte-se: estou sendo lembrado por algo que verdadeiramente importa? Ou estou apenas preenchendo o espaço digital sem propósito? Seja intencional com o conteúdo que compartilha, para que sua presença online tenha valor e propósito.
Combata o vício em dopamina digital:
Rafael Terra explica que rolagens infinitas em vídeos de Reels ou TikTok podem parecer inofensivas, mas geram picos de dopamina que condicionam seu cérebro a buscar gratificação instantânea. Este hábito pode se transformar em vício, dificultando a capacidade de focar em tarefas que exigem mais tempo e concentração.
Para combater isso, pratique a gratificação adiada: estabeleça metas e recompense-se ao completá-las, em vez de se perder em distrações digitais. Essa prática não só melhora a produtividade, mas também traz uma satisfação mais duradoura.
Escolha com cuidado quem você segue:
Segundo uma análise do autor, você é a média das cinco pessoas que mais segue e os conteúdos que você consome tem o poder de moldar seus pensamentos, emoções e, enventualmente, suas ações. Assim, é fundamental fazer uma revisão nas redes sociais de tempos em tempos e se perguntar se essas influências estão alinhadas com o tipo de pessoa que você deseja ser.
Seguir perfis que inspiram, educam e elevam pode transformar sua experiência online e fortalecer sua saúde mental.
Fortaleça-se contra as adversidades do ambiente digital:
Resiliência digital envolve a capacidade de enfrentar críticas, negatividade e a pressão das redes sociais sem deixar que isso abale seu bem-estar, portanto, a dica da vez é desenvolver uma mentalidade forte ao aprender a diferenciar críticas construtivas de ataques pessoais.
Lembre-se de que a maioria dos comentários negativos reflete mais sobre quem os faz do que sobre você. Praticar a resiliência digital é crucial para navegar pelas adversidades do mundo online sem perder o equilíbrio.
Cultive compreensão e gentileza nas interações online:
A empatia é fundamental, especialmente em um ambiente onde as palavras são facilmente mal interpretadas. Antes de postar ou comentar, considere o impacto de suas palavras. Pergunte-se: isso contribui positivamente para a conversa? Pratique a gentileza e a compreensão em suas interações online, ajudando a criar um ambiente digital mais acolhedor e menos propenso a gerar ansiedade.
O poder de se desligar para recarregar:
Para o autor, a desconexão planejada é mais que uma pausa, é uma necessidade vital para recarregar suas energias. A dica é definir momentos específicos do dia para se desconectar das telas e reconectar-se consigo mesmo ou com o mundo ao seu redor.
Seja uma caminhada ao ar livre, uma leitura ou uma conversa cara a cara, essas pausas são essenciais para manter um equilíbrio saudável entre o digital e o real.
Construa relações digitais saudáveis e conexões reais:
As redes sociais podem ser ferramentas poderosas para construir conexões, mas é importante garantir que essas relações sejam saudáveis. Invista em relacionamentos que oferecem apoio mútuo e crescimento, e evite interações que te drenam emocionalmente.
Relacionamentos digitais saudáveis devem ser uma extensão dos seus valores e objetivos na vida real, não uma fonte de estresse.
Pratique o Mindfulness Tecnológico:
Em meio a tantas informações diárias, Rafael Terra aponta para a necessidade de praticar o essencialismo digital, ou seja, se concentrar apenas nas ferramentas e plataformas que agregam valor à sua vida e combinar isso com o mindfulness tecnológico, que aponta para o uso da tecnologia de maneira intencional e consciente.
Mantenha sua área de trabalho digital organizada e livre de excesso para facilitar o foco e a produtividade.
Use a tecnologia para fortalecer, não para subjugar:
A tecnologia deve ser uma ferramenta para o seu crescimento pessoal e profissional, não um fardo que te subjuga. Use-a para aprender novas habilidades, alcançar metas e expandir seu conhecimento. Evite que a tecnologia controle sua vida; em vez disso, faça dela um instrumento que amplifique suas capacidades e potencial.
Harmonize sua vida online e offline:
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal se tornou ainda mais desafiador no ambiente digital, onde as fronteiras são facilmente borradas. Aqui, a dica do autor é estabelecer horários claros para desconectar do trabalho e se dedicar a atividades pessoais. Respeitar esses limites é fundamental para manter sua saúde mental e garantir que sua vida online e offline estejam em harmonia.
Proteja sua identidade e dados pessoais:
Por fim, garantir sua privacidade e segurança online é essencial para preservar sua paz de espírito. Utilize senhas fortes, ative a autenticação em dois fatores e seja cauteloso com as informações que compartilha. Proteger sua identidade e dados pessoais não é apenas uma medida de segurança, mas também uma forma de reduzir a ansiedade associada a potenciais ameaças digitais.