A professora Josiane Marques Felcar iniciou no Hospital Universitário da UEL (Universidade Estadual de Londrina) um projeto que visa auxiliar no tratamento de crianças de 8 a 12 anos diagnosticadas com asma. O projeto é integrado entre pesquisa e extensão e é aberto ao público. A primeira turma já começou a ser atendida no HU e ficará por três meses junto à equipe da professora, que é doutora em Ciências da Saúde pela UEL. Os meninos e meninas são atendidos por uma equipe que reúne entre 15 e 20 pessoas, no total.
Para participar, a criança precisa apresentar estabilidade no quadro de asma. “Elas passam por uma avaliação completa antes do início do projeto. Com base nessa avaliação, são direcionadas para um dos três grupos de tratamento, que são solo, água ou uma combinação de ambos. Esse tratamento dura três meses e, ao final, é feita uma reavaliação com base nos critérios iniciais", detalha Felcar.
Segundo ela, o relatório da avaliação é entregue aos pais, que podem levá-lo aos médicos para acompanhamento. "Nele, constam informações sobre o que melhorou, o que não teve evolução e quais mudanças ocorreram no comportamento das crianças ao longo do tratamento”, explicou Josiane Felcar.
Leia mais:

Londrina: psiquiatra promove palestra sobre riscos do tratamento medicamentoso associado ao álcool

PA do Leonor em Londrina passa a atender crianças até 1h

Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta terça em Cambé e Rolândia

Medicamentos registram menor reajuste médio desde 2018
A principal novidade do projeto é a combinação entre solo e água no trabalho com as crianças. “O principal benefício da água é a prática do exercício físico em si, pois o ambiente aquático é mais atrativo para essa população. Além disso, a água reduz o impacto corporal, facilitando os movimentos. A pressão da água sobre o tórax auxilia no trabalho respiratório, permitindo realizar exercícios que, fora da água, seriam mais difíceis para esses pacientes", observou.
Felcar ressalta também que o trabalho em grupo é um diferencial, "pois proporciona interação social, o que é essencial para pessoas com condições de saúde como essas. Ao verem a evolução uns dos outros, os participantes se sentem mais motivados. Em outros projetos que realizamos, observamos melhoras significativas tanto na parte respiratória quanto na qualidade de vida e do sono”, seguiu a especialista e coordenadora do projeto, que reúne grupos de cinco a seis crianças.
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA
