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Projeto da UEL busca novas formas para combater os efeitos da radiação solar

Redação Bonde com Agência UEL
16 set 2025 às 15:21

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O câncer de pele não melanoma é atualmente o tipo de tumor maligno mais comum no Brasil, representando um sério problema de saúde pública. Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), mais de 220 mil novos casos são esperados a cada ano durante o triênio 2023–2025. Embora esse tipo de câncer apresente, na maioria das vezes, menores índices de mortalidade em comparação com outros tumores malignos, sua alta incidência e os impactos na qualidade de vida dos pacientes exigem atenção contínua das autoridades de saúde, pesquisadores e profissionais da área médica.


A principal causa do desenvolvimento do câncer de pele está relacionada à exposição excessiva à radiação UV (ultravioleta), proveniente do sol. Esse tipo de radiação é capaz de induzir alterações no DNA das células da pele, desencadeando mutações que podem levar à formação de tumores. Além disso, a radiação UV provoca um aumento significativo da inflamação cutânea e da geração de espécies reativas de oxigênio (EROs), promovendo um quadro de estresse oxidativo que acelera o envelhecimento celular e prejudica os mecanismos de reparo do organismo.

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Diante desse cenário, um novo projeto de pesquisa, coordenado pela professora Josiane Alessandra Vignoli, do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia da UEL, busca investigar alternativas inovadoras para combater os efeitos nocivos da radiação ultravioleta na pele. A pesquisa foca no estudo dos ramnolipídeos, moléculas biossurfactantes produzidas naturalmente pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Esses compostos se destacam por suas propriedades anfipáticas, o que significa que possuem afinidade tanto por ambientes aquosos quanto lipídicos, conferindo-lhes a capacidade de interagir com membranas biológicas.


Foto: Agência UEL


A proposta do projeto é avaliar o potencial terapêutico dos ramnolipídeos na proteção cutânea contra os danos induzidos pela radiação UVB, com ênfase na redução de processos inflamatórios e no controle do estresse oxidativo. Os pesquisadores acreditam que essas moléculas podem atuar como moduladores das respostas imunes e antioxidantes da pele, promovendo uma ação protetora frente à agressão ambiental.

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Para testar essa hipótese, o estudo será conduzido com o uso de camundongos sem pelo, que serão expostos à radiação UVB em condições controladas de laboratório. A partir disso, amostras de pele serão coletadas e analisadas em busca de sinais clínicos e moleculares, como a formação de edema, a expressão de marcadores inflamatórios, além de indicadores de estresse oxidativo.


Os ramnolipídeos serão aplicados de duas formas: tópica, por meio de formulações em pomadas ou cremes; e sistêmica, o que permitirá comparar os efeitos de diferentes vias de administração na eficácia do tratamento. Os biossurfactantes serão produzidos e purificados em laboratório pela equipe do projeto, utilizando técnicas de fermentação microbiana, seguida por processos de precipitação, extração e purificação química. O objetivo é alcançar um grau de pureza superior a 95%, condição essencial para que esses compostos possam avançar para fases posteriores de testes de compostos com potencial farmacêutico.

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Além de seu possível efeito protetor contra os danos da radiação UV, os ramnolipídeos despertam interesse também pelo seu potencial sustentável. Por serem obtidos a partir de microrganismos cultivados em substratos renováveis, esses compostos oferecem uma alternativa natural e, possivelmente, menos tóxica em comparação com os produtos sintéticos tradicionais. Outro destaque é a sua estabilidade em formulações dermatológicas, o que amplia suas aplicações potenciais em medicamentos tópicos, produtos de cuidados pessoais e cosméticos.


A pesquisadora Josiane Vignoli ressalta que o projeto, além de seu caráter inovador e sustentável, contribui para a formação de recursos humanos qualificados, contando com a participação de estudantes de doutorado e bolsistas de iniciação científica. O trabalho foi recentemente contemplado no Programa de Bolsas de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

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