Nutrição

Trocar suplementos para hipertrofia por alimentos pode custar até sete vezes menos

13 out 2015 às 17:16

Whey protein, albumina, maltodextrina... Quem usa suplementos para ganho de massa muscular sabe que a compra desses itens, muitas vezes, requer uma ginástica no orçamento. Em tempos de crise financeira, substituir os produtos por alimentos comuns da dieta pode proporcionar no bolso uma diferença de 354%, no caso daqueles à base de proteínas, ou de 669%, nos de carboidratos, sem comprometer os resultados. A saúde agradece: a troca permite o consumo de nutrientes importantes e reduz os riscos de alergia e intolerância aos aditivos e de sobrecarga para o organismo.

Apesar desses benefícios, suplementos ainda apresentam certa vantagem sobre alimentos em termos de efeito na hipertrofia, por conterem compostos isolados ou concentrados e oferecerem precisão na dosagem. Por isso, ao optar pela substituição, é essencial escolher bem qual será a fonte do nutriente, para que a equivalência seja a melhor possível, e contar com a orientação de um especialista.


De acordo com a nutricionista Natália Eudes, membro da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva, cada proteína possui uma propriedade funcional (ação no corpo), e alimentos diferentes apresentam composições proteicas diferentes. Além disso, o teor de gordura influencia o aproveitamento do nutriente.


— Para ganho muscular, a proteína do soro do leite é superior, e a ricota é o queijo produzido a partir dela — diz.


Excesso é arriscado
Suplementos são indicados só em casos em que é preciso suprir uma demanda aumentada na dieta. Assim, devem ser usados sempre com prescrição. Segundo a nutricionista clínica e esportiva Andrea Zaccaro de Barros, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva, esses produtos jamais podem substituir a alimentação balanceada.
— Fazer isso pode provocar carência de outros nutrientes, principalmente vitaminas e minerais — alerta.


Tomar suplementos sem comer corretamente é "jogar dinheiro fora", afirma o endocrinologista Alexandre Hohl, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. O excesso no consumo dessas substâncias pode sobrecarregar fígado e rins e lesionar os dois órgãos.


‘Estou livre do enjoo e me sinto mais saciada’
A assistente financeira Renata Goulart, de 23 anos, tomava whey protein hidrolisado, mas sentia muitos enjoos, mesmo trocando de marca. Há cerca de cinco meses, trocou o produto por ricota e claras de ovo. Agora, sente-se melhor.

— Falei com minha nutricionista sobre a possibilidade de substitui-lo por algum alimento compatível. Montamos uma dieta com menos suplementação e, além de me livrar do desconforto estomacal, agora me sinto bem mais saciada. Com o suplemento, parecia que estava sempre com fome. Em vez de 30g de whey misturados a 300mL de água, consumo uma fatia média de ricota e duas claras de ovo após malhar. Não deixei de ter progressos. A troca foi essencial para que eu continuasse com a dieta e o treino — conta.
(com informações dos site Extra)


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