Sabe aquela dieta que todos seus amigos já fizeram, e só não funciona com você? Pois é, talvez a ciência esteja começando a explicar porque isso acontece.
Pesquisadores do Instituto Weizmann da Ciência, em Israel, descobriram que a forma como pessoas metabolizam os mesmos alimentos pode variar tanto que os resultados chegam a ser opostos. Uma mesma refeição pode ser supersaudável para a Maria, mas destruir a saúde do João.
A informação pode nem parecer tão importante à primeira vista, mas é. Dietas, em geral, são baseadas em valores nutricionais padrão, números que caem por terra com esse novo fato. A solução agora é monitorar o sistema de cada pessoa e indicar dietas específicas. E foi exatamente isso que os pesquisadores fizeram para provar sua teoria.
Durante uma semana, eles monitoraram a cada cinco minutos o nível de açúcar no sangue de participantes, com base nesses dados os cientistas formularam dietas boas e ruins para cada participante. O curioso é que alimentos que apareciam na lista benéfica de alguns dos estudados, figuravam na lista não recomendada de outros tantos. É o caso do sushi, que em alguns metabolismos liberava mais açúcar do que sorvete.
O resultado da pesquisa pode até ter um efeito social. "Depois de ver esses dados, penso sobre a possibilidade de estarmos com pensamentos conceitualmente errados à respeito das epidemias de obesidade e diabetes", afirmou em declaração Eran Segal, um dos responsáveis pela pesquisa. "A impressão geral é de que nós sabemos como tratar esses problemas, e que as pessoas não estão ouvindo ou se controlando na hora de comer - mas talvez as pessoas são obedientes mas em muitos casos estamos dando os conselhos errados", completa.
Para deixar a descoberta ainda mais clara, foi produzida uma animação bem didática sobre todo o processo de pesquisa e resultados. O vídeo está em inglês, mas para assistir a versão legendada basta clicar no ícone da engrenagem, depois em "legendas/CC", "tradução automática" e selecionar "português" como língua. Você pode conferir abaixo:
(com informações do site Super Interessante)