Refrigerantes, chás e sucos sem açúcar. Além de chicletes, biscoitos e gelatinas diet. O adoçante aspartame, que deve ser considerado como possivelmente cancerígeno pela OMS (Organização Mundial da Saúde), está presente em diversos alimentos, especialmente aqueles considerados dietéticos ou sem açúcar.
A preocupação com a presença da substância em produtos alimentícios aumentou após reportagem indicar que Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço que estuda a doença na organização internacional, deve colocar o produto na lista de substâncias com potencial carcinogênicas.
A agência classifica compostos em quatro grupos, sendo eles "cancerígenos para humanos", "provavelmente cancerígenos", "possivelmente cancerígenos", e "não classificável".
Leia mais:
Alunos da rede municipal terão atendimento oftalmológico gratuito neste sábado
Escassez de vacinas contra Covid indica falta de planejamento do governo, dizem especialistas
Aumenta o número de surtos de doenças diarreicas no PR; atenção deve ser redobrada com crianças
Nova Maternidade do HU de Londrina registra 1,8 mil partos em um ano
Produtos com Aspartame
A substância está presente em alimentos sem açúcar, como doces, além de bebidas gasosas e lácteas, devido ao seu poder de adoçar superior ao do açúcar branco, porém sem calorias.
Os produtos que contém o composto usualmente são aqueles que são classificados como dietéticos (diet no rótulo) ou sem açúcar. Dentre eles, veja lista daqueles que podem ter aspartame em sua composição:
Refrigerantes
Sucos prontos e em pó
Chás industrializados
Chicletes
Iogurtes
Gelatinas
Pães
Barras de cereal
Preparados prontos para café ou cappuccino
Leia os rótulos
Em caso de dúvidas se o produto possui algum composto basta ler o rótulo. Na região onde estão os ingredientes estará listado todos os itens que fazem parte da composição do alimento, inclusive adoçantes artificiais como o aspartame.
Outra saída é usar aplicativos que "leem" o rótulo e te entregam as informações. Entre eles está o "Desrotulando", um scanner de produtos alimentícios industrializados que mostra os pontos negativos e positivos de cada artigo. Ele indica automaticamente, por exemplo, a presença de aditivos e açúcar adicionado.
Para acessar, basta baixar na loja de aplicativos do seu celular e escanear o código de barras. Se o produto estiver cadastrado, as informações apareceram na tela.
Há risco para a saúde?
Especialistas afirmam que não é necessário interromper o uso de adoçantes, indicados principalmente para pessoas com diabetes. Ponderam, porém, que é importante consultar um profissional da área, como nutricionista, para receber uma orientação personalizada.
Roberto Raduan, endocrinologista da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), disse à reportagem da Folha em maio, quando a OMS indicou que adoçantes não devem ser usados para perda e manutenção de peso, que discussões sobre a toxicidade dos produtos ocorrem há décadas, mas ainda não há consenso científico sobre os seus potenciais benefícios ou malefícios.
O especialista afirma que os usuários devem consumir as substâncias dentro de limites considerados seguros.
De acordo com a FDA (agência americana reguladora de alimentos e medicamentos), a recomendação diária varia de acordo com o composto. O limite do aspartame é de 50 mg/kg por dia. A ingestão da sacarina, por outro lado, é de até 15mg/kg. O limite da sucralose é ainda mais baixo, de 5 mg/kg.
LEIA MAIS SOBRE O ASSUNTO: