Neste 26 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma ― uma doença crônica e silenciosa, que afeta o nervo dos olhos e está associada ao aumento da pressão ocular, podendo levar à cegueira.
Segundo o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), estima-se que no Brasil cerca de 1,5 milhão de pessoas sejam afetadas por essa doença, sendo que este número se refere somente aos diagnósticos confirmados após exames.
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Nos estágios iniciais do glaucoma, muitas vezes não há sintomas perceptíveis, o que torna essa doença perigosa. À medida que o glaucoma avança, os olhos podem apresentar as seguintes características:
• Pressão e desconforto nos olhos, semelhante a uma sensação de aperto ou peso;
• Vermelhidão ou irritação devido ao aumento da pressão intraocular. Isso ocorre devido à dilatação dos vasos sanguíneos na superfície ocular;
• Visão turva ou embaçada, principalmente durante os estágios avançados. Isso ocorre devido aos danos progressivos no nervo óptico;
• Sensibilidade à luz, tornando desconfortável estar exposto a ambientes muito claros ou brilhantes;
• Halos (anéis coloridos) ao redor das luzes ocorrem em casos mais avançados de glaucoma. Isso pode afetar a capacidade de ver claramente e dificultar a realização de atividades diárias.
“Muitas pessoas têm glaucoma e não sabem ainda, pois é uma doença que não apresenta sintomas iniciais. Há possibilidade das pessoas estarem perdendo a visão gradativamente sem perceber, até que chegam em uma fase avançada, o que pode tornar o caso irreversível”, explica o médico oftalmologista Augusto Espindola, que atua na Clínica Censo, em Parauapebas.
Por isso, as instituições da área da saúde aproveitam a data para destacar a importância de fazer exames regulares para a verificar a saúde dos olhos, principalmente a partir dos 35 anos de idade, quando o risco de desenvolver a doença aumenta significativamente. “Se descoberto em fase inicial, o glaucoma pode ser tratado e controlado, mas para chegarmos ao diagnóstico, você não deve esperar pelos possíveis sinais”, alerta o médico.
Os tratamentos incluem o uso de colírios, medicamentos orais e, em casos mais avançados, procedimentos cirúrgicos. Se você suspeita de glaucoma ou apresenta sintomas oculares preocupantes, é fundamental consultar um médico oftalmologista para um diagnóstico preciso, precoce e tratamento adequado.