Um estudo publicado na revista Nature Medicine, afirma que um exame de sangue pode detectar o risco de uma pessoa desenvolver Alzheimer.
O exame consiste na testagem de 10 gorduras presentes no sangue e tem 90% de precisão.
A pesquisa passará, agora, por uma fase de testes maior.
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Segundo os médicos, é possível que os remédios para a doença não estejam surtindo efeito, por serem ministrados tardiamente nos pacientes. A pesquisa então, seria um grande avanço no diagnóstico.
Pistas no sangue
Para estabelecer os dados da pesquisa, cientistas da Universidade de Georgetown, em Washington D.C., analisaram o sangue de 525 pessoas com mais de 70 anos.
Foram comparados os exames de 53 deles que desenvolveram Alzheimer ou sofreram algum dano cognitivo aos exames de 53 que não sofreram qualquer alteração mental. Foram encontradas diferenças nos níveis de lipídios ou de 10 gorduras.
Analisando os níveis das 10 gorduras em questão nas demais amostras de sangue, foi possível prever quem desenvolveria a doença nos próximos anos e quem não.
Ainda não se sabe o que causa a mudança nos níveis de gorduras.
Tempo
Segundo Howard Federoff, professor de neurologia na Universidade de Georgetown, é preciso que a pesquisa seja comprovada em maior escala.
Os próximos esforços dos pesquisadores se concentram em anteceder o diagnóstico. O tempo médio atual é de apenas três anos antes.
Desafios éticos
De acordo com Federoff, um avanço no diagnóstico da doença teria um impacto não só na questão da saúde dos pacientes, mas também na questão econômica, pois reduziria os custos no atendimento.
Para Simon Ridley, médico de uma ONG que pesquisa a doença no Reino Unido, os resultados foram animadores.
Segundo Doug Brown, médico da Alzheimer's Society's, o teste poderia representar desafios éticos.
"Se isso se desenvolver no futuro, deve ser dada às pessoas a possibilidade de escolha sobre se gostariam de saber, compreendendo plenamente as implicações", completa.
(Com informações da BBC Brasil)