A partir de 1º de julho os atestados médicos fornecidos pelas unidades municipais de saúde de Londrina, como UBS (Unidades Básicas de Saúde) e UPA (Unidades de Pronto Atendimento), serão impressos de forma eletrônica diretamente do prontuário do paciente. Atualmente, o documento já tem uma base de informações, que são complementadas pelo profissional a mão, como nome da pessoa, período de afastamento, motivo.
A mudança deverá fornecer mais segurança a empregadores e dificultar a possibilidade de falsificação. “O atestado vai puxar uma série de informações do prontuário eletrônico e vai estar vinculado exclusivamente a um atendimento. É fácil hoje emitir um atestado de um bloco sem que haja vinculação de um atendimento no prontuário eletrônico. Já esse outro vai precisar da senha de um médico para acessar o sistema e virá totalmente preenchido. O médico vai somente assinar e fazer o carimbo. Terão informações relevantes, como horário”, explicou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
A alteração já estava no “radar” da pasta, porém, foi adiantada após a prisão preventiva de um homem de 45 anos que vendia atestados médicos falsos com o nome da prefeitura, secretaria e logomarca da UPA Sabará, como mostra a FOLHA nesta semana. Ele vinha sendo investigado pela Delegacia de Estelionatos há quatro meses e foram identificados, pelo menos, 15 documentos forjados neste período, mas acredita-se que o número seja maior. O detido confessou a prática e alegou que havia conseguido um original e que a partir desse produziu os demais. Cada dia de “folga” do comprador custava R$ 50.
Leia mais:
3 em cada 10 homens nunca fizeram nem pretendem fazer exame de toque retal, diz pesquisa
Alunos da rede municipal terão atendimento oftalmológico gratuito neste sábado
Escassez de vacinas contra Covid indica falta de planejamento do governo, dizem especialistas
Aumenta o número de surtos de doenças diarreicas no PR; atenção deve ser redobrada com crianças
“Mais de 90% das unidades já estão utilizando esse sistema informatizado, que tem um atestado próprio que é gerado exclusivamente dentro do sistema. Estamos orientando todas as unidades que usam esta ferramenta para adotarem como protocolo exclusivamente a emissão do atestado por meio do prontuário eletrônico. Evidentemente que em determinadas situações como, por exemplo, a falta de sistema, a queda da internet, nós vamos ter que eventualmente usar o atestado manual, aquele do bloquinho”, frisou.
Conferência
Machado explicou que empresas que têm dúvidas sobre a veracidade do documento ou os dias de ausência no trabalho podem entrar em contato com a secretaria municipal de Saúde.
Leia mais sobre como identificar um atestado falso na Folha de Londrina: