Uma criança, de cinco anos, morreu de meningite meningocócica no hospital municipal Carmen Prudente, zona leste da capital de São Paulo, na última quinta-feira (22). Segundo a Secretaria de Saúde, o paciente havia dado entrada horas antes na UPA (unidade de pronto atendimento) do mesmo bairro, com sintomas da doença.
“A equipe médica da UPA e do HM Cidade Tiradentes seguiram todos os protocolos recomendados, utilizando os equipamentos de proteção individual (EPIs) durante todo o atendimento. Não havendo, até o momento, qualquer outro caso relacionado”, afirma a pasta, em nota.
De acordo com a secretaria, os leitos de emergência da unidade hospitalar são separados por cortinas e outros pacientes não foram expostos ao risco de contaminação.
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Meningite
Trata-se de um processo inflamatório das meninges – membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal – que pode ser ocasionado por vírus ou bactérias. A versão bacteriana tem letalidade maior e mais chances de complicações, no entanto, para essa variedade da doença, há vacina disponível no calendário previsto pelo Ministério da Saúde.
Na capital paulista, a vacina está disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais)/UBSs integradas de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados nas AMAs/UBSs Integradas das 7h às 19h.
O imunizante contra a meningite meningocócica C precisa ser aplicado em bebês de 3, 5 e 12 meses. Já o de meningite ACWY atualmente é aplicado na faixa etária de 11 a 14 anos. Desde o dia 25 de maio, professores e adolescentes de 15 a 19 anos podem receber a vacina de meningocócica C.
O modo de transmissão se dá pelo contato direto entre pessoas, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas. De janeiro a maio de 2023, foram 312 casos de meningite bacteriana na capital de São Paulo, entre todas as faixas etárias, resultando em 12 óbitos. Em 2022, foram registrados 174 casos, com 19 mortes.