A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) informou que não há registros de intervenção ou de notificação de órgãos de vigilância de saúde que indique omissão ou irregularidade por parte da empresa na qualidade da água fornecida pela empresa nos municípios atendidos. A informação, por meio de nota, contesta os dados constante no Mapa da Água, criado pela ONG Repórter Brasil para noticiar a ocorrência de contaminação por produtos químicos ou agrotóxicos em 763 cidades brasileiras.
O levantamento leva em conta os dados informados por agências de vigilância ao Sisagua (Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), do Ministério da Saúde, que identificaram ao menos uma ocorrência de presença de compostos químicos prejudiciais à saúde nos anos de 2018, 2019 ou 2020.
De acordo com o levantamento, há informações de ocorrências de contaminação em cidades da região de Londrina e Maringá, conforme informado na segunda-feira (7) pelo Bonde.
Leia mais:
Plataforma dá mapa para acesso ao aborto em casos de feto incompatível com a vida
Câncer de mama é o que mais mata mulheres, diferentemente do que diz médica investigada
Com tumor raro, jovem do Ceará sofre alteração na cor da pele
Instituto Não Me Esqueças oferece palestra e curso gratuitos sobre Alzheimer
A maioria das cidades analisadas são atendidas por serviços de saneamento básico da Sanepar – dos 399 municípios paranaenses, 346 estão sob concessão para a companhia.
A empresa informou que faz 7,5 milhões de análises por ano para verificar a conformidade de 109 parâmetros que estabelecem o padrão de qualidade de água segundo o Ministério da Saúde. O controle é feito, de acordo com cada parâmetro, a cada hora, diariamente, mensalmente e a cada semestre, seguindo o monitoramento do Ministério da Saúde e com aprovação das vigilâncias sanitárias dos municípios.
“A Sanepar envia relatório dos resultados às Vigilâncias Sanitárias municipais, que recebem essas análises em primeira mão e alimentam o Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde”, informa a nota. O Sisagua é o sistema no qual o Repórter Brasil teria obtido os dados para montar o Mapa da Água.
A Sanepar também informa, na nota, que as mesmas informações do Sisagua ficam disponíveis para consulta de qualquer pessoa no site da Sanepar, no campo ‘Qualidade da Água’. Outros parâmetros de potabilidade (própria para consumo humano) podem ser pedidos pelo cliente nos canais de atendimento da Sanepar.
A companhia ainda negou que haja ocorrência de radioatividade na água das unidades de produção da Sanepar.
Análises laboratoriais
As análises de qualidade da água feitas pela Sanepar servem para a empresa identificar problemas, avaliar o alcance e definir as ações de correção, que são feitas para garantir a potabilidade da água fornecida pela companhia de saneamento básico. “A Sanepar atua de maneira rápida e com medidas de curto prazo quando há qualquer identificação, ainda que seja mínima, de padrões fora do VMP (Valor Máximo Permitido) de qualquer substância. O VMP é definido em portaria pelo Ministério da Saúde.”