O Samu Londrina divulgou uma nota no início da noite desta segunda-feira (16) com o objetivo de esclarecer fatos relacionados à morte de Franciele Pereira Pinheiro, de 28 anos. Segundo familiares, ela teria passado mal na última sexta-feira (13) e morrido esperando pela ambulância do Samu. A paciente morreu em casa, no jardim Santa Fé (zona leste). Os parentes da mulher acusam o serviço de negligência. Na nota, o diretor de Urgência e Emergência em Saúde da Secretaria de Saúde, Marcus Felipe Pinto Guanaes, exime o Samu de culpa.
Ele lembra que Franciele já tinha sido atendida no Pronto Atendimento Municipal (PAM) na madrugada de sexta-feira. Com desconforto epigástrico e vômitos, a mulher foi avaliada pelo médico plantonista e medicada. Depois da realização de exames, que não deram alteração, a paciente se mostrou melhor, "com sinais vitais estáveis", e recebeu alta.
Ela teria voltado a passar mal na tarde de sexta, quando familiares entraram em contato com o Samu. Para o médico regulador do serviço, os parentes teriam dito que Franciele estava reclamando de dores após a ingestão de bebida alcoólica. Guanaes lembra que o serviço possui uma classificação de risco e que, pela informação recebida, o médico avaliou a situação como sendo de baixo risco e, por isso, a ocorrência não foi atendida de imediato.
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O diretor informa que o Samu só voltou a ser procurado uma hora e meia depois da primeira ligação, quando policiais entraram em contato com a informação de que a mulher já estava morta.
"A demora inicial do atendimento da paciente não ocorreu por falta de viaturas, mas sim pela classificação de risco presumido, em que casos julgados de maior gravidade são priorizados", argumenta Guanaes na nota. "Infelizmente, as informações passadas para a equipe do Samu/192 não condiziam com o quatro clínico real da paciente", completa o diretor, acrescentando que o serviço recebe 350 ocorrências por dia.
A real causa da morte de Francielle ainda não foi divulgada. Ela só deve ser descoberta após o resultado de exames do Instituto Médico Legal.