"Fumar, tragar vape e usar cigarros eletrônicos não é permitido durante todo o voo", diz o aviso da companhia aérea British Airways pouco antes do embarque. Proibido no Brasil, o cigarro eletrônico está cada vez mais popular, principalmente entre jovens.
Apesar da ausência da combustão do cigarro, o dispositivo eletrônico é acompanhado de fumaça e aromas. Com a popularização do produto, é comum que surja a dúvida: é permitido fumar cigarro eletrônico em ambientes fechados?
Leia mais:
3 em cada 10 homens nunca fizeram nem pretendem fazer exame de toque retal, diz pesquisa
Alunos da rede municipal terão atendimento oftalmológico gratuito neste sábado
Escassez de vacinas contra Covid indica falta de planejamento do governo, dizem especialistas
Aumenta o número de surtos de doenças diarreicas no PR; atenção deve ser redobrada com crianças
A resposta, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é que não. Em uma resolução divulgada em maio deste ano, a agência explica que os cigarros eletrônicos são classificados como produtos fumígenos, que podem ser derivados ou não do tabaco.
Portanto, independentemente das características físicas das emissões e do ponto de vista toxicológico, as emissões de vapor dos cigarros eletrônicos devem ser tratadas como as dos cigarros convencionais.
Segundo a Anvisa, o vapor emitido pelos dispositivos contém componentes químicos que são potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Assim, a agência prevê que os aparelhos eletrônicos se enquadram na lei de nº 9294/1996 que proíbe o uso de produtos fumígenos em recintos coletivos fechados, privados ou públicos.
A venda do cigarro eletrônico não é autorizada no Brasil. A Anvisa já produziu um relatório de junho de 2022 em que analisa diversas evidências do uso do dispostivo. Diante dele, a instituição optou por manter a proibição dos produtos.
Segundo a assessoria da agência informou à Folha, atualmente uma equipe técnica analisa dados sobre o tema e a possibilidade de abrir uma consulta pública.