Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Uso intenso do celular

Protetor solar contra luz azul evita danos de raios solares, mas não da luz de telas

Juliana Matias - Folhapress
03 mai 2024 às 16:31
- Imagem de Freepik
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Com o uso intensivo de celulares e computadores, estamos expostos o tempo todo à iluminação dessas telas, que emitem a chamada luz azul. Alguns protetores solares no mercado já oferecem proteção contra a luminosidade ou minimizam os danos causados por esses raios. Mas, segundo especialistas, a proteção não é relacionada às luzes emitidas por telas, mas ao espectro azul dos raios solares.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Leia mais:

Imagem de destaque
Reunião global

Organizações elaboram carta para Unesco por justiça racial na educação

Imagem de destaque
Neuro do pugilista

Doença do Maguila também pode ser causada por violência doméstica, diz médico

Imagem de destaque
Afetam o cérebro

Estudo liga Covid, herpes e outras infecções virais ao risco de demência

Imagem de destaque
Entrevistas na cracolândia

Estudo mostra falhas em tratamento tradicional contra drogas

Maurício Baptista, professor e pesquisador do Instituto de Química da USP (Universidade de São Paulo), afirma que não existe nenhum estudo que mostre que a luz de telas, como a do celular e de computadores, possa afetar a pele. "Essa história de proteger do celular é marketing puro. Sem nenhuma fundamentação científica. Alguém pode falar que [o protetor solar] não protege da luz do celular? Ninguém pode falar, porque absorve a luz do celular, mas essa luz faz mal para você? Não", explica.

Publicidade


Fernanda Aragão, dermatologista e membro titular da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), entende que, com exceção das radiações ionizantes, como a nuclear, a do Sol é a mais prejudicial para a pele. "Pensando nas radiações comuns, que estamos expostos no dia a dia, é a do Sol", diz.


Selma Helene, médica dermatologista pediátrica no Hospital Israelita Albert Einstein, explica que a intensidade da luz das telas é muito baixa para ser prejudicial para a pele. "Não existe um consenso de que a luz visível emitida pelo celular e por telas de computadores seja prejudicial. Diferentemente da luz visível solar, em que os estudos in vitro, ou seja, em tubo de laboratório, mostram que, eventualmente, a faixa azul da luz visível pode causar envelhecimento e aumento da pigmentação", relata.

Publicidade


Segundo Baptista, metade da exposição solar é composta por luz visível. Porém, alguns protetores solares não possuem filtros contra essa faixa de luz e focam somente a proteção contra raios UVB (ultravioleta B).


"As pessoas procuram muito por protetores com FPS alto. Eu acho que isso é um erro, porque FPS alto só quer dizer que você pode ficar mais tempo no sol sem apresentar vermelhidão. Todo o resto do espectro luminoso, que também afeta a sua pele, não é filtrado. Ninguém fala para os usuários 'olha toma cuidado, esse protetor vai deixar você ficar na praia 10 horas em vez de 10 minutos, só que você acha que está seguro e não está'. Você está recebendo muita irradiação que está penetrando livremente na sua pele", conta.

Publicidade


Imagem
China lança missão inédita à Lua para coletar amostras do lado oculto
A China lançou nesta sexta-feira (3) a primeira missão de retorno de amostras do lado afastado da Lua. Os cientistas esperam que a recuperação de cerca de dois quilos de material lunar a ser feita pela missão Chang'e 6 ajude a investigar diversos mistério


Para Aragão, a dor é protetora. "Quando tentamos colocar a mão no fogo, a gente tira porque dói. Se não temos essa sensibilidade, podemos nos machucar e acontece o mesmo com o sol. É importante toda a população saber que independentemente do tom da pele, todos nós podemos ter queimaduras solares e podemos ter consequências delas, principalmente, o mais perigoso, que é o câncer de pele", destaca.


O professor explica que o FPS (Fator de Proteção Solar) filtra os raios UVB, que são absorvidos diretamente pelo DNA das células da membrana basal da pele; são os mais eficientes para causar danos e deixam a pele vermelha. Segundo Baptista, só é possível ir ao sol porque temos enzimas na pele que reparam o dano no DNA causado pelos raios UVB. "Só que a luz visível inibe esse reparo. Os raios UVA e a luz visível estão muito mais presentes e também causam mais uma outra reação que é a de oxidação. Eles causam danos metabólicos e evitam o reparo de DNA", afirma.

Publicidade


Baptista ressalta que o problema não é a luz do sol, "se em vez de 20 minutos você ficar três horas no sol, a dose de luz visível é cavalar. O problema é a quantidade de luz, a recomendação é de nunca ficar muito tempo no sol". O professor sugere que, em vez de procurar protetores solares com FPS alto, buscar por produtos que filtrem um amplo espectro de radiações solares.


Segundo Helene, "os protetores solares ideais são aqueles que dão uma grande cobertura para o comprimento de luz UVA, por exemplo. A luz UVA se mantém ao longo do ano inteiro, diferentemente da UVB que se alterna durante o dia. O protetor solar tem que ter pelo menos um terço de ingredientes contra a UVA".

Publicidade


A dermatologista afirma que alguns protetores solares que contêm óxido de ferro, dióxido de titânio e óxido de zinco parecem dar uma proteção maior contra a luz visível solar, porém ainda não há consenso entre os médicos.


Aragão entende que o protetor solar com cor oferece mais proteção do que o protetor incolor. "A cor no protetor vai proteger mais. O protetor com cor, geralmente, é a base de óxido de ferro, que é um filtro físico e que oferece uma cobertura maior. Mesmo o protetor incolor, quando passa uma base por cima, protege mais. A associação também é benéfica. Não necessariamente precisa usar o mesmo produto", explica.


Helene destaca que a cor no protetor solar não é só uma maquiagem. "Apesar de parecer uma maquiagem, não é uma maquiagem, são inúmeras partículas para aumentar o poder de proteção do protetor solar", diz.


LEIA TAMBÉM:


Imagem
USP se prepara para fazer transplantes de órgãos de porcos para humanos
Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) acabam de inaugurar um laboratório que, com alguma sorte, poderá viabilizar a prática dos xenotransplantes (transplantes de órgãos de animais para seres humanos) no Brasil.
Imagem
Brasil sobe 10 posições em ranking global de liberdade de imprensa
O Brasil subiu dez posições no ranking mundial da liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras e chegou ao 82º lugar entre 180 países, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (3).
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo