Pesquisa desenvolvida na UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) analisa indicadores e aspectos epidemiológicos da saúde de mulheres paranaenses, a partir de dados do Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). O objetivo é contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a qualidade de vida das mulheres e ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças.
O estudo traça um panorama dos 399 municípios do Paraná, aglomerados por macrorregião, combinando diferentes informações, como idade, cor, escolaridade, situação conjugal, renda e local de residência dessa parcela da população.
PONTOS DE ATENÇÃO
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Os dados são coletados desde 2008. As análises epidemiológicas desse estudo científico levantaram quatro pontos principais de atenção. Primeiro, a necessidade de investir na qualidade do exame pré-natal, com a finalidade de atrair mais mulheres para a rede de atenção primária à saúde. É preciso fazer uma busca ativa, facilitar as consultas, os exames e o acesso aos resultados, para que as mulheres não desistam do acompanhamento. O pré-natal é ferramenta importante na prevenção e detecção precoce de patologias tanto da mãe quanto do feto.
O segundo ponto de atenção está relacionado à necessidade de intensificar a prevenção de doenças, principalmente o câncer de colo de útero e o câncer de mama. Nesse contexto, a pesquisa aponta a importância das Unidades Básicas de Saúde em oferecer mais flexibilidade para o agendamento de consultas médicas e exames laboratoriais, com aumento de opções de datas e horários, a fim de favorecer as mulheres que trabalham ou que têm rotina com os filhos.
O terceiro ponto está relacionado ao investimento em capacitação continuada para os profissionais da saúde, pois é preciso saber acolher e atender as necessidades de saúde das mulheres e alimentar de forma correta os bancos de dados dos sistemas de informação.
Por último, é importante investir em educação para conscientizar meninas e mulheres sobre temas como planejamento familiar, prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e combate a abusos e violências.
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