Boletim da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) do Paraná, divulgado na quarta-feira (30), aponta que o estado tem 1.112 casos de coqueluche neste ano. Em comparação com o boletim da semana passada, houve um aumento de 112 registros positivos. Ainda de acordo com a Sesa, são seis óbitos pela doença, sendo três confirmados (um em Londrina e dois em Curitiba) e três em investigação - São José dos Pinhais, Quitandinha e Umuarama.
Sete municípios da 17ª Regional de Saúde de Londrina têm registros da doença: Londrina (147), Cambé (29), Bela Vista do Paraíso (8), Ibiporã (6), Assaí (5), Rolândia (3) e Pitangueiras (1).
Curitiba é o município com maior número de casos (287), seguido de Londrina e Ponta Grossa (111).
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Do total de casos, 406 se concentram na faixa etária de 12 a 19 anos; 198 na de 30 a 49 anos e 119 na de menos de um ano de idade. Outras faixas etárias que registraram casos são: 20 a 29 anos (105), 5 a 11 anos (104), 50 anos ou mais (93) e 1 a 4 anos (87).
Infecção respiratória
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria. Está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, tranqueia e brônquios.
Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.
Os principais fatores de risco para coqueluche têm relação direta com a falta de vacinação.
A vacinação é a melhor forma de prevenção e deve ser realizada nos primeiros meses de vida, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, com a vacina pentavalente.
Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos.
A recomendação da Sesa é que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante. De forma excepcional, trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos devem receber a dose para maior proteção e prevenção.
Transmissão
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível.
O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
Sintomas
Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado: mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca, febre baixa.
Esses sintomas iniciais podem durar até semanas, época em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença.
No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem. A tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada. Ela pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração. Além disso, a crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo.
Nessa fase, os sintomas são mais severos e, dependendo do tratamento, podem durar até mais de um mês.
É normal que adultos e adolescentes tenham sintomas mais leves da coqueluche em relação às crianças mais novas. A gravidade da doença também está diretamente relacionada à falta de imunidade e à idade.
Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.
(Com informações da Sesa)