Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Varíola dos macacos

OMS avalia se mpox deve retornar a ser declarada emergência global

Paula Laboissière - Agência Brasil
14 ago 2024 às 10:45

Compartilhar notícia

- Reprodução/Freepik
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A OMS (Organização Mundial da Saúde) convocou para esta quarta-feira (14) comitê de emergência para avaliar o cenário de surto de mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na última quarta-feira (7), em perfil na rede social X.


Conforme Ghebreyesus, a decisão de convocar o comitê levou em conta o registro de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em ascensão há mais de dois anos. O cenário se agravou ao longo dos últimos meses devido a uma mutação que levou à transmissão do vírus de pessoa para pessoa.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Na terça-feira (13), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) declarou o cenário de mpox na região como emergência em saúde pública de segurança continental. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da entidade, Jean Kaseya, ao citar a rápida transmissão na África.

Leia mais:

Imagem de destaque
País livre da doença

Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo após cinco anos

Imagem de destaque
Orientação e educação

Campanha médica promove evento focado na prevenção de arritmias em Londrina

Imagem de destaque
Levantamento

Infestação de dengue atinge 3,3% e coloca Londrina em estado de alerta

Imagem de destaque
Até setembro de 2024

Brasil tem 66,5 mil pessoas à espera de transplantes de órgãos, diz relatório


“Esse não é apenas mais um desafio. O cenário exige ação coletiva", comentou. "Nosso continente já presenciou diversas lutas. Já enfrentamos pandemias, surtos, desastres naturais e conflitos. Ainda assim, para cada adversidade, agimos. Não como nações fragmentadas, mas como uma única África. Resilientes, de forma engenhosa e resoluta."

Publicidade


Números


Publicidade

De janeiro de 2022 a junho de 2024, a OMS registrou 99.176 casos confirmados de mpox em 116 países. No mesmo período, foram contabilizadas 208 mortes pela doença.


Dados do relatório de situação divulgado segunda-feira (12) pela entidade mostram que, somente em junho, 934 casos foram confirmados laboratorialmente e quatro mortes foram notificadas em 26 países, “sinalizando transmissão contínua da mpox em todo o mundo”.

Publicidade


As regiões mais afetadas em junho, conforme o número de casos confirmados, são África (567 casos), América (175 casos), Europa (100 casos), Pacífico Ocidental (81 casos) e Sudeste Asiático (11 casos). O Mediterrâneo Oriental não notificou casos nesse período.


No continente africano, a República Democrática do Congo tem 96% dos casos confirmados em junho. A OMS alerta, porém, que o país tem acesso limitado a testes em zonas rurais e que só 24% dos casos clinicamente compatíveis e notificados como suspeitos no país foram testados em 2024.

Publicidade


Ao menos quatro novos países na África Oriental, incluindo Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, reportaram os primeiros casos de mpox – todos ligados ao surto em expansão na região. Já a Costa do Marfim registra um surto da doença, de outra variante, enquanto a África do Sul confirmou mais dois casos.


Maior letalidade

Publicidade


No fim de junho, a OMS alertou para uma variante mais perigosa da mpox. A taxa de letalidade pela nova variante 1b na África Central chega a ser de mais de 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante 2b, que causou a epidemia global de mpox em 2022, registrou taxa de letalidade de menos de 1%.

Publicidade


Vacina


Nesta semana, a OMS publicou documento oficial solicitando a fabricantes de vacinas contra a mpox que submetam pedidos de análise para o uso emergencial das doses. O processo foi desenvolvido especificamente para agilizar a disponibilidade de insumos não licenciados, mas necessários em situações de emergência em saúde pública.


“Essa é uma recomendação com validade limitada, baseada em abordagem de risco-benefício”, frisou a entidade. No documento, a OMS solicita que os fabricantes de vacinas contra a doença apresentem dados que possam atestar que as doses são seguras, eficazes, de qualidade garantida e adequadas para as populações-alvo.


A concessão de autorização para uso emergencial, de acordo com a organização, deve acelerar o acesso às vacinas, sobretudo para países de baixa renda e que ainda não emitiram sua própria aprovação regulamentar. O processo ainda permite que parceiros como a Aliança para Vacinas (Gavi, na sigla em inglês) e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) adquiram doses para distribuição.


A doença


A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para o ser humano pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.


As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.


Primeira emergência


Em maio de 2023, quase uma semana depois de alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.


“Assim como com a covid-19, o fim da emergência não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisam de resposta robusta, proativa e sustentável”, informou, à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.


“Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contínua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os países mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessário”, alertou Adhanom em 2023.


Imagem
Impacto econômico da Covid gera atraso em indicadores de saúde no mundo, diz estudo
Os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid tendem a causar um retrocesso nos indicadores de saúde dos países e a gerar uma desaceleração no ritmo de implementação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) que compõem a Agenda 2030.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo