Após ser eliminada do BBB (Big Brother Brasil) em 2024, Yasmin Brunet foi diagnosticada com lipedema, uma condição que quase a fez não participar do programa. Agora, a empresária e influenciadora revelou que conseguiu diminuir as dores nas pernas, o inchaço e o ganho de peso da cintura para baixo com alimentação e exercício, reduzindo 15kg. O nutricionista João Pinheiro, da Clínica Gorini, especialista no assunto, afirma que a alimentação tem papel essencial no controle da inflamação, da retenção de líquidos e da dor.
“Embora a perda de gordura convencional não elimine diretamente o lipedema, a alimentação pode ter um papel essencial no controle da inflamação, retenção de líquidos e dor. Estudos recentes apontam que estratégias nutricionais específicas podem contribuir para melhorar os sintomas e a qualidade de vida das pacientes”, afirma o nutricionista. O limpedema foi reconhecido como doença em 2019 pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) em 2022. Estima-se que 10% das mulheres no mundo sofram com o lipedema.
Pinheiro afirma que os dados podem ser subnotificados porque as mulheres podem não perceber que sofrem com a doença, tal qual Yasmin Brunet. “A condição pode ser confundida, em grande parte dos casos, com uma gordura a mais, com uma celulite. Entretanto, é mais grave do que se imagina”, ressalta o nutricionista. Em entrevista ao Fantástico, Yasmin Brunet contou que só descobriu que tinha lipedema depois de sair do BBB. “Pesquisas sugerem que dietas com perfil antioxidantes e anti-inflamatórias podem ter efeitos benéficos contra o lipedema. Essa abordagem nutricional reduz significativamente os níveis de inflamação e melhora a sensibilidade à insulina, ajudando a diminuir o inchaço e a dor associada à doença”, explica.
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De acordo com o nutricionista, uma dieta de baixo carboidrato melhora significativamente a dor e a qualidade de vida em mulheres com lipedema. “A remoção de alimentos ricos em carboidratos refinados, como pães brancos, massas, doces e ultraprocessados, e a adoção de um plano alimentar anti-inflamatório pode ser uma abordagem promissora”, orienta o nutricionista, que indica ainda uma boa hidratação para minimizar a retenção de líquido.
Sem cura definitiva, o lipedema pode ser minimizado a partir de um tratamento multidisciplinar. “O lipedema é uma condição crônica que requer um tratamento multidisciplinar. Embora não haja cura definitiva, a combinação de uma dieta anti-inflamatória, hidratação adequada e estratégias como jejum intermitente e dieta cetogênica podem auxiliar no controle dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida. O uso de suplementos e nutracêuticos pode ser um complemento valioso, ajudando a reduzir a inflamação e melhorar a circulação. É essencial que o tratamento seja personalizado e acompanhado por profissionais de saúde especializados para garantir os melhores resultados”, ressalta João Pinheiro.
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