O Ministério da Saúde recuou e anunciou nesta segunda-feira (8) que vai manter disponíveis os números acumulados de mortes e de casos confirmados da Covid-19. No entanto, a pasta também confirmou que vai promover uma mudança na divulgação, dando destaque para os dados efetivamente registrados nas últimas 24 horas.
A pasta informou que vai adotar o modelo de divulgação com dados com base na data de registro dos óbitos –e não pela data de notificação, como vinha acontecendo desde o início da pandemia. O modelo que será abandonado também é usado por praticamente todos os países.
Os números de mortes, portanto, serão menos impactantes. Isso porque o compilado dos óbitos pela data da notificação considerava não apenas os casos das últimas 24 horas mas também as mortes anteriores, mas que ainda aguardavam a confirmação da infecção pelo novo coronavírus.
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O Ministério da Saúde divulgou os dados referentes a essa segunda-feira (8), antes do início da entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Os dados surgiram em uma tela, enquanto a equipe técnica realizava testes. A pasta depois confirmou os dados. Foram registrados 679 novas mortes e 15.654 casos confirmados da Covid-19, nas últimas 24 horas. Os dados já estão disponíveis no portal do Ministério com informações do novo coronavírus.
A pasta informou que Santa Catarina e Alagoas não divulgaram os seus dados até o momento da conclusão do boletim.
O governo do presidente Jair Bolsonaro também recuou na prática de divulgar os dados apenas às 22h. Durante o fim de semana, a Saúde divulgou três notas defendendo esse horário, afirmando que ele seria necessário para fazer a contabilidade dos dados enviados pelos estados e oferecer números sem erros.
O novo formato de divulgação estará disponível em uma plataforma interativa na internet. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, informou que a plataforma pode estar disponível a partir desta terça-feira (9).
"Acreditamos que esteja disponível a partir de amanhã", informou o secretário durante entrevista coletiva, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O secretário-executivo –que é coronel do Exército– defendeu o novo modelo, afirmando que oferece dados mais completos para a análise do momento atual vivido pelo país, durante a pandemia.
O secretário afirma que as novas informações vão indicar aos gestores "como proceder e como o gestor, usando a ferramenta pode proceder em relação aos seus municípios", afirmou.