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Programa federal

Médicos estrangeiros da segunda etapa começam a ser avaliados

Agência Saúde
07 out 2013 às 15:30

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Os 2.180 profissionais com diploma estrangeiro que participam da segunda etapa do Programa Mais Médicos começam nesta segunda-feira (7) o módulo de avaliação em quatro capitais brasileiras. Durante três semanas, eles terão aulas de saúde pública e Língua Portuguesa, ministradas por professores responsáveis pela coordenação pedagógica e pela tutoria do projeto. Ao final, passarão por uma avaliação, e os aprovados seguem para o acolhimento nos estados para começar a atuar a partir do dia 28.

"O período de avaliação é essencial para os médicos estrangeiros se familiarizarem com o Sistema Único de Saúde e para prepará-los para o atendimento da população brasileira com todas as suas peculiaridades. Na Atenção Básica, é fundamental uma abordagem mais humana e personalizada do paciente", explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "Esses médicos são muito bem-vindos e foram muito bem recebidos pelos gestores locais nas quatro capitais onde chegaram", completa.

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O coordenador nacional do Programa Mais Médicos, secretário de Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que participou da aula inaugural em Brasília, agradeceu aos médicos que deixaram seus lares para vir ao país participar do programa. "O problema da escassez de recursos humanos é mundial e, no Brasil, a Medicina vive um momento crucial com a explosão da oferta de trabalho, o crescimento da saúde suplementar e da oferta de serviços no SUS. Nesse contexto, a estratégia de recrutamento de profissionais estrangeiros se faz necessária para garantir à população os serviços de saúde", disse Sales. "Os estrangeiros terão, sobretudo, o apoio do povo brasileiro nesse momento de familiarização com o país, que possui diversas culturas", completou Paulo Speller, secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, também presente no evento.

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Os 2 mil cubanos que atuarão na segunda etapa do programa por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) chegaram ao Brasil ao longo da semana passada. Eles já participaram de outras missões internacionais e todos têm especialização em Medicina da Família. Entre os profissionais cubanos, 750 farão o módulo em Vitória (ES), 500, em Brasília (DF), 450, em Belo Horizonte (MG) e 300 médicos em Fortaleza (CE). Eles serão direcionados para atuar em municípios com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), periferias de capitais e regiões metropolitanas e áreas com mais dificuldade de contratação de médicos, apontados pelos municípios no momento da adesão ao Programa.

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Os demais 180 médicos de outras nacionalidades participantes do programa desembarcaram em Brasília (DF) durante o final de semana e farão o curso na capital brasileira. Eles são de 23 diferentes nacionalidades, sendo 55 brasileiros formados no exterior, e 16 países de atuação.


AULAS - Com carga horária de 120 horas, o módulo vai abordar aspectos do Sistema Único de Saúde (SUS), doenças prevalentes no Brasil, conhecimentos linguísticos e de comunicação, aspectos éticos e legais da prática médica. Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde e participarão de simulações de consultas de casos complexos com enfoque especial na atenção básica. Os médicos que atuarão em áreas indígenas (DSEI) terão acesso a conteúdos específicos sobre saúde indígena.


O conteúdo programático e os materiais utilizados no treinamento foram elaborados por uma comissão pedagógica formada por professores de Universidades Federais inscritas no programa, Escolas de Saúde Pública e Programas de Residência Médica, sob orientação do Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde (MS).

"A formação dos profissionais é estratégica nesse processo em que o governo quer levar Saúde para o povo brasileiro", afirmou Speller.


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