Médicos que trabalham no Hospital Cristo Rei, em Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina), estão insatisfeitos com a demora no repasse de 50% dos salários referentes aos meses de julho, agosto e setembro. O valor que é repassado mensalmente por meio de recursos do governo estadual corresponde a aproximadamente R$ 32 mil. A primeira metade foi paga na última sexta-feira (14). Caso as dívidas não sejam sanadas, os profissionais podem paralisar as atividades.
O documento informando a possível interrupção dos serviços prestados à comunidade foi protocolado nesta segunda-feira (17). A instituição está sob intervenção judicial desde 2014 por conta de dificuldades financeiras. Esta não é a primeira vez que o corpo médico ameaça uma paralisação. Na primeira oportunidade, a categoria cruzou os braços também por incorreções no repasse salarial. O caso foi registrado entre os dias 16 de março e 4 de abril deste ano.
O interventor do Cristo Rei, Adilson de Castro, garantiu que o pagamento das especialidades de ginecologia, pediatria e ortopedia "estão em dia, assim como os plantonistas. O que ficou faltando foi o clínico-geral". A garantia é de que o impasse será resolvido nesta terça-feira (18).
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O hospital é mantido com recursos oriundos da Prefeitura de Ibiporã, que envia mensalmente cerca de R$ 180 mil para manter os setores já mencionados, e dinheiro proveniente do governo do Estado, que é direcionado especificamente para o pagamento de outros segmentos médicos.
A intervenção judicial foi determinada no dia 22 de maio de 2014 após decisão da juíza Sônia Leifa Yeh Fuzinato, da Vara Cível de Ibiporã. Uma semana antes, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) chegou a prender diretores do Cristo Rei. Na época, a investigação apurou indícios de desvio de R$ 3 milhões aos cofres públicos.