Chega a 20 o número de capitais brasileiras com tendência de aumento nos
casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), segundo o Boletim
Infogripe divulgado nesta quinta-feira (26) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A
fundação informa que há um sinal contínuo de aumento dos casos de
covid-19 em todas as regiões do país.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave pode ser causada pelo SARS-CoV-2 e vem sendo monitorada como parâmetro para acompanhar a pandemia de covid-19 no país desde 2020. Em momentos mais críticos da pandemia, mais de 98% das mortes por SRAG em que havia teste positivo para algum vírus respiratório eram causadas pela covid-19. No boletim de hoje, 48% desses casos de SRAG e 84% dos óbitos atribuídos a casos virais da síndrome estão associados ao SARS-CoV-2, se forem consideradas as últimas quatro semanas.
Segundo a Fiocruz, a análise das últimas
seis semanas aponta tendência de aumento nos casos de SRAG em Aracaju,
Belém, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Macapá,
Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de
Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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Entre as unidades da federação, o sinal de crescimento foi detectado em 18: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Em crianças de até quatro anos, o boletim aponta
que continua a predominância do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) entre
as causas de SRAG. Em segundo lugar está o rinovírus, seguido pelo
Sars-CoV-2 e pelo metapneumovírus.
A pesquisa mostra ainda que, no Rio Grande do Sul, há presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo.
No ano epidemiológico 2022, já foram notificados 141.808 casos de SRAG no Brasil, sendo 72.092 (50,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 50.753 (35,8%) negativos e ao menos 11.521 (8,1%) aguardando resultado laboratorial. Entre os positivos para vírus respiratórios desde janeiro, 81,5% foram causados pelo SARS-CoV-2, 8,1% pelo vírus sincicial respiratório e 5,1% pelo Influenza A.