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Medicina regenerativa

Exossomos ajudam no rejuvenescimento da pele e melhoram casos de alopecia

Sílvia Haidar - Folhapress
10 set 2024 às 17:04

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foto de uma mulher se olhando no espelho e tocando a pele do rosto com uma das mãos
- Foto criado por freepik
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A medicina regenerativa é o assunto do momento debatido nos principais congressos de dermatologia no mundo, como o IMCAS (International Master Course on Aging Science), realizado anualmente em Paris, e que aconteceu pela primeira vez no Brasil, em São Paulo, em abril, e no 77º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que ocorreu de 5 a 7 de setembro, em Natal (RN).

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Como o próprio nome diz, o objetivo da medicina regenerativa é restaurar os tecidos devolvendo a eles suas funções.

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Nessa área, os exossomos são o principal produto utilizado nos consultórios médicos. Eles são aplicados de forma líquida sobre rosto, pescoço, colo e couro cabeludo e capazes de estimular colágeno, melhorar a firmeza e a qualidade da pele e também podem ser indicados para promover o crescimento de cabelo em pessoas com alopecia.


"Os exossomos são vesículas extracelulares de origem vegetal, extraídos das células das rosas", explica Daniela Carvalho Lemes, dermatologista membro da SBD, que ministrou uma palestra no congresso deste fim de semana sobre as evidências científicas deste agente na dermatologista.

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A médica diz que já existem estudos importantes que mostram a segurança e os resultados dos exossomos. "Também temos muitos acompanhamentos de casos de pacientes, com follow up de até um ano que revelam que a aplicação tópica tem excelente resposta."


Essas vesículas extracelulares também existem no nosso organismo e fazem a comunicação entre as células. "Elas transportam proteínas, lipídios, ácidos nucleicos, ou seja, são responsáveis por toda a alimentação intercelular", explica Geisa Costa, dermatologista, membro da Sociedade Latino Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Laser.

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Nem a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nem o FDA (agência reguladora ligada ao departamento de saúde do governo dos EUA) liberaram a substância para ser injetada na pele.


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Os exossomos são notificados como cosmético grau 2 na Anvisa, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Ele podem ser utilizados de forma tópica e não podem ser injetados.

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Costa conta que utiliza os exossomos como drug delivery. "Essa técnica consiste em passar uma substância na pele após o uso de um aparelho, como laser ou radiofrequência microagulhada, que causam uma abrasão no tecido. A solução vai penetrar melhor por meio dos canalículos formados."


A dermatologista explica que essa forma é mais segura do que a injetável, isso porque a derme, mesmo com as lesões provocadas pela tecnologia, tem a função de defesa. "A pele cria uma barreira, pois tem as células de Langerhans e os macrófagos que selecionam o que faz bem e o que pode fazer mal ao organismo. Já quando a gente injeta uma substância, ela passa direto pela pele e vai até a região onde a circulação sanguínea é mais intensa, se espalhando rapidamente pelo corpo", afirma Costa.

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"Os exossomos têm apresentado resultados excelentes na regeneração dos tecidos e em casos de alopecia, mas é importante usá-los de forma segura", diz a médica.


Os resultados costumam aparecer um mês após a primeira aplicação e, geralmente, são indicadas três sessões com intervalos de 30 a 60 dias entre cada uma delas.


Como efeitos colaterais, os pacientes podem apresentar hiperemia (aumento da circulação sanguínea local) e dermatite. Nesses casos, explica a dermatologista, podem ser administrados produtos inflamatórios e corticóides para tratar as intercorrências, e o tratamento é suspenso.


O uso de exossomos é contraindicado para pessoas com doença autoimune, que passaram por terapias oncológicas e gestantes.


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