Um tremor ocorre com tarefas simples, como amarrar cadarços, escrever, tocar algum instrumento. Geralmente acontece nas mãos, mas pode ser sentido nas pernas, laringe e cabeça. Essa condição tem nome: tremor essencial.
Após rumores de que Djavan teria Parkinson, devido um boato que circulou na internet, ele revelou que tem a condição. Caetano Veloso também já havia recebido o mesmo diagnóstico.
O que é tremor essencial?
Leia mais:
Pesquisa aponta que 29% dos brasileiros têm algum medo com relação às vacinas
Uma a cada dez mortes no Brasil pode ser atribuída ao consumo de ultraprocessados, diz Fiocruz
Estados brasileiros registram falta ou abastecimento irregular de, ao menos, 12 tipos de vacinas
Saúde do homem é tema de live com médicos londrinenses em novembro
De acordo com o neurologista e coordenador do Núcleo da Memória do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Diogo Haddad, este distúrbio do movimento é uma condição mais comum do que se pensa, sendo, inclusive, mais prevalente do que o mal de Parkinson.
"É uma condição que causa tremor fino, normalmente nas mãos. É um tremor associado ao movimento, sendo oposto ao do Parkinson que é um tremor de repouso. É aquele tremorzinho que quando você vai fazer um movimento, ele acaba se mostrando e aparecendo mais", explica o médico.
Quem é afetado?
A condição não é exclusiva de nenhuma faixa etária e é genética. O neurologista destaca que "é muito comum ver famílias inteiras que tremem. O normal é ter sintomas mais leves quando mais jovem e mais proeminentes quando fica mais velho. Não é incomum que você perceba isso".
Em geral, o tremor essencial não afeta a qualidade de vida. "Normalmente, o tremor essencial é algo relativamente tranquilo. No entanto, existem pacientes nos quais a condição se agrava a ponto de afetar a vida da pessoa". O neurologista pontua que o nervosismo pode deixar os sintomas mais intensos.
Como é feito o tratamento?
Para os casos que a condição se torna um incômodo, o recomendado é buscar ajuda de um neurologista que pode indicar tratamentos medicamentosos para aliviar os sintomas.
Em casos mais graves, segundo Diogo Haddad, é possível fazer um implante de estimulação cerebral profunda, que envia impulsos elétricos a determinada parte do encéfalo.