Cambé iniciará a vacinação da dose reforço contra o coronavírus para idosos com mais de 85 anos da cidade que receberam a segunda dose há pelo menos seis meses, na próxima quinta-feira (7). A aplicação dessa dose de reforço já está sendo feita pelas Unidades Básicas de Saúde para idosos acamados.
Os idosos que tomaram a segunda dose da CoronaVac até 7 de abril devem procurar um dos pontos de vacinação para receber a dose de reforço. A vacina vai ser aplicada nas seguintes Unidades de Saúde: Ana Rosa; Cambé 2; Centro de Saúde; Cristal; Guarani; Novo Bandeirantes; Santo Amaro; São Paulo; e Silvino, na próxima quinta-feira (7), das 10h às 14h.
Simone Lopes, enfermeira responsável pelo Departamento de Epidemiologia, explica que as UBS estão indo até os idosos acamados de cada região, como feito na aplicação da primeira e da segunda dose. Para os idosos que não são acamados, a vacinação vai acontecer nessas unidades. “Essa aplicação de terceira dose está focada nessa faixa etária porque ainda não temos doses para abranger novos grupos”, pontua. De acordo com ela, a intenção é aplicar nesta etapa a terceira dose em idosos com mais de 70 anos, imunossuprimidos e profissionais da Saúde e o intervalo é de pelo menos seis meses da segunda dose.
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A vacinação dos idosos da cidade começou no dia 20 de janeiro com os institucionalizados do Abrigo Padre Manoel Coelho com a aplicação da CoronaVac. Com o decorrer da vacinação desses idosos, a porcentagem dos óbitos de pessoas com mais de 60 anos caiu de 77,7% em março para 43,4% em junho. Os dados apontam que com eficácia da vacina fez com que o número de óbitos dentro dessa população diminuísse em quase 35%. Por outro lado, esse número volta a subir a partir de agosto e 7 dos 9 óbitos do mês foram de pessoas com mais de 60 anos. Segundo Simone Lopes, essa queda prova que a vacina é eficaz contra a doença, além de apontar também a importância da terceira dose de reforço. Os números voltam a subir quando a vacina começa a, naturalmente, perder a eficácia. “Países que iniciaram a vacinação com os outros imunizantes também estão indicando a dose de reforço”, salienta.
Segundo Lopes, também haverá dose de reforço para quem tomou Pfizer (BioNTech) e AstraZeneca (Fiocruz). “Vai ter aplicação da dose de reforço também para essas vacinas, mas somente após seis meses da segunda dose. Como o intervalo delas é maior, nós ainda não vamos começar a dose de reforço para quem tomou essas vacinas”, explica. A escolha por começar a aplicar a dose nesses idosos é por conta das possíveis complicações: “diferente dos profissionais da saúde que tomaram na mesma época, esses idosos apresentam mais comorbidades, o que pode ser mais letal”.
“A queda no número de óbitos em idosos por conta da eficácia da vacina foi constatada. Com o passar dos meses, os números voltam a subir, pois pessoas mais idosas e imunocomprometidos têm naturalmente uma queda na resposta imune ao longo do tempo, independentemente da vacina administrada, por isso a terceira dose é essencial e vai fazer com que os óbitos voltem a cair”, finaliza.