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Dados desta terça (14)

Brasil bate recorde e registra 204 novas mortes por coronavírus em 24 h

Renato Machado e Natália Cancian - Folhapress
15 abr 2020 às 08:14

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- iStock
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O Brasil registrou 204 novas mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas e bateu um novo recorde diário, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça (14). Ao todo no país são 1.532 óbitos.

No dia anterior, foram 105 novas mortes. No fim de semana o número de novos óbitos diários ficou abaixo de cem, mas o próprio Ministério da Saúde esclarece que os dados coletados aos sábados e domingos tendem a ser imprecisos, pois as equipes de saúde nos estados trabalham em número reduzido.

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O último recorde de mortes havia sido registrado no dia 9 de abril, quando houve 141 novas mortes confirmadas.

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Balanço da pasta também aponta 25.262 casos confirmados da doença, aumento de 8% em um dia. Na semana passada, o país ultrapassou os 20 mil casos confirmados de Covid-19.

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O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que só pacientes internados em hospitais fazem testes e há casos represados à espera de confirmação.


Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a pasta iniciou nesta semana um inquérito sorológico para tentar chegar a uma estimativa mais próxima do total de infectados no país. O trabalho deve ser conduzido pela Universidade Federal de Pelotas.

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Atualmente, o estado com maior número de registros é São Paulo, com 9.371 casos e 695 mortes. Em seguida, está o Rio de Janeiro, com 3.410 e 224 óbitos.


As regiões de saúde de Fortaleza, São Paulo e Manaus têm os maiores coeficientes de incidência pelo novo coronavírus, ou seja, o maior número de casos pela população. O maior volume foi registrado em Fortaleza, com 608 casos a cada 1 milhão de habitantes. Já em São Paulo, é de 523 casos a cada 1 milhão de habitantes.

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Levantamento da pasta com base em 1.239 das 1.532 mortes mostra que 60% ocorreram em homens e 40% em mulheres.


Do total, 73% ocorreram em pessoas que tinham ao menos um fator de risco, como doenças associadas, em especial diabetes e doenças cardíacas. Mesmo percentual tinha acima de 60 anos.

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Para Mandetta, apesar do aumento nos dados, já é possível ver sinais de impacto das medidas de distanciamento social adotadas em alguns estados.


"Pegamos o gráfico que seria o pico do Everest e conseguimos dar uma achatada dele para poder andar", disse.

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Em meio a crise, ele ressaltou a necessidade de ter "foco, disciplina e ciência" e disse que todos estão passando uma situação de "stress coletivo".


"Sabemos a nossa responsabilidade, e vamos trabalhar a equipe com toda garra e intensidade", disse.

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O ministro voltou a frisar a preocupação com uma possível sobrecarga na rede de atendimento em meio à falta de equipamentos.


"A grande maioria das pessoas vai ter uma gripe e se medicar com medicamentos sintomáticos, como paracetamol, e sair muito bem. Vamos ter 15% de internação e vamos ter os críticos. O problema é com que velocidade vamos passar com um sistema em que temos problemas de equipamento de proteção e respiradores", disse.

Ele citou como exemplo casos de outros países suja rede de saúde entrou em colapso. "É um vírus que fez sistemas muito robustos de saúde caírem. É claro que o sistema de saúde brasileiro tem que ser muito zeloso", disse.


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