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Saúde

Anvisa inicia análise parcial da vacina de Oxford contra Covid-19

Natália Cancian - Folhapress
02 out 2020 às 09:07
- Geraldo Bubniak/AEN
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) começou a analisar dados de estudos de uma vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca para que haja um futuro registro do imunizante no país.


Esse é o primeiro passo para que, se comprovada eficácia, a vacina possa ser ofertada no futuro à população.

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A medida faz parte de um novo processo estabelecido pela Anvisa para tentar acelerar o aval a possíveis vacinas contra a Covid-19.

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O procedimento, chamado de "submissão contínua", ocorre por meio do envio adiantado de documentos até que haja o pedido formal de registro, ou seja, de autorização para oferta das vacinas no mercado.

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Até então, todos os dados de segurança, qualidade e eficácia tinham que ser apresentados de uma só vez a cada pedido de registro. Agora, há possibilidade de compartilhamento antecipado de dados.


O objetivo é dar mais agilidade à análise de documentos que devem fazer de um dossiê para autorização. Essa análise antes costumava levar meses. Agora, a ideia é que ela seja acelerada.

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Os dados foram enviados à Anvisa pela empresa AstraZeneca, que desenvolve a vacina em parceria com a Universidade de Oxford.


Na prática, isso indica que a agência começou a avaliar o "primeiro pacote de dados" sobre a vacina, informa a Anvisa. Esses dados, porém, ainda se referem a estudos não clínicos, que são os estudos iniciais, que não envolvem humanos.

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"Isso não significa que já se possa chegar a uma conclusão sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina, pois muitos dados ainda precisam ser submetidos à análise", diz a Anvisa.


Para que uma vacina possa ser aprovada, é preciso passar por diferentes fases de estudos clínicos em humanos.

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Atualmente, a vacina de Oxford está na chamada fase 3, tida como a última etapa, quando são confirmados dados de segurança e é verificada a eficácia do imunizante.


Recentemente, a Anvisa autorizou a ampliação dos testes clínicos da vacina de Oxford no Brasil, os quais devem passar de 5 mil para 10 mil voluntários. Os testes ocorrem em São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

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Em junho, o Ministério da Saúde e a Fiocruz fizeram um acordo para compra de doses e transferência de tecnologia com a AstraZeneca.


A previsão é obter, inicialmente, 100 milhões de doses. Em seguida, a ideia é produzir mais 165 milhões, chegando a 265 milhões ao todo em 2021, afirma a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. A oferta dependerá do resultado dessa última etapa de estudos.

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Os resultados preliminares são previstos para novembro deste ano. Caso sejam positivos, as 100 milhões de doses estariam disponíveis em etapas durante o primeiro semestre, e o restante nos meses seguintes.


Além da vacina de Oxford, o Brasil tem hoje outros três testes em andamento de potenciais imunizantes contra a Covid-19. Um deles é da vacina CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Butantan, outro é da Pfizer e um terceiro é da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.

Em nota, a Anvisa informa que o processo de "submissão contínua" continuará "até que evidências suficientes estejam disponíveis para suportar um pedido formal de registro e após a avaliação pela empresa quanto à suficiência dos dados para o estabelecimento de uma relação de benefício-risco positiva e robusta, considerando a indicação terapêutica pleiteada e as discussões prévias com a Anvisa".


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