Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Até o final do ano

ANS suspende divulgação de índice de reclamações contra planos de saúde

Agência Estado
16 jun 2015 às 21:21

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deixou de informar desde fevereiro a lista das operadoras e empresas de plano de saúde privado que mais receberam reclamações dos seus beneficiários. Embora disponha dos dados a partir de março, a ANS decidiu que só irá retomar a divulgação após reformular o índice, o que "deverá" ocorrer no final do ano. Até lá, as empresas e operadoras serão poupadas de ter seus nomes expostos e o consumidor perde um instrumento importante para decidir qual plano comprar.

Nos últimos 13 anos, a ANS divulgou o Índice de Reclamações mensalmente em sua página na internet. O indicador considerava todas as queixas de beneficiários que, ao julgarem não ter tido seus direitos respeitados, dirigiram-se à ANS para solicitar orientação, análise e julgamento de questão. Com isso, era possível formar um ranking das operadoras que mais tiveram queixas, de qualquer tipo, de seus próprios clientes. Um dado que ajuda na definição sobre a compra de um plano de saúde ou a permanência como cliente de uma operadora.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O novo índice em discussão irá colocar filtros nesse levantamento. Os casos em que a reclamação foi resolvida, por exemplo, não serão mais contabilizados para a formação do novo ranking. Nesse sentido, a ANS irá desconsiderar que o consumidor teve de recorrer ao órgão regulador com uma reclamação para resolver o problema. "O Índice de Reclamação considerava todas as demandas registradas, sem nenhum tipo de filtro... dessa forma, eram consideradas, também, as queixas improcedentes e aquelas que são resolvidas dentro dos prazos máximos", informou a ANS em nota à reportagem.

Leia mais:

Imagem de destaque
Zona norte

Alunos da rede municipal terão atendimento oftalmológico gratuito neste sábado

Imagem de destaque
Desorganização da Saúde

Escassez de vacinas contra Covid indica falta de planejamento do governo, dizem especialistas

Imagem de destaque
Alerta da Sesa

Aumenta o número de surtos de doenças diarreicas no PR; atenção deve ser redobrada com crianças

Imagem de destaque
Quase 9 mil atendimentos

Nova Maternidade do HU de Londrina registra 1,8 mil partos em um ano


A decisão do comando da agência de reformular o indicador fará com que a série histórica dos últimos 13 anos seja perdida. São dados que permitem ao consumidor verificar se o número de reclamações de uma determinada operadora aumentou ou diminuiu na última década. Como a ANS tem 15 anos de criação, a série histórica é uma das mais antigas da agência.

Publicidade


Para a advogada e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Joana Cruz, qualquer mudança ou interrupção na divulgação do Índice de Reclamação deveria ter sido discutida com a sociedade. "A ANS não deveria ter feito isso sem consulta pública. É muito importante que a agência mostre aos consumidores que para resolver um problema a pessoa teve que procurar a agência. A pessoa não quer ter dor de cabeça e precisa ser informada das operadoras que mais causam dor de cabeça", afirmou. Segundo ela, uma solução que preservaria a série histórica seria a ANS incluir no índice informações sobre quantos problemas foram resolvidos, sem descartar que para isso o consumidor precisou recorrer ao órgão regulador.


O Banco Central, por exemplo, inclui no índice de reclamações das instituições financeiras as queixas consideradas improcedentes e as que foram resolvidas. O consumidor tem um número geral de quantas reclamações a instituição recebeu e, de forma mais detalhada, o número de solucionadas, não resolvidas e etc. Esse ranking é formado a partir das demandas do público registradas no Banco Central, pela internet, por correspondência, presencialmente ou por telefone.

Publicidade


A decisão de revisar o Índice de Reclamações foi tomada pela ANS de forma unilateral. Quem busca o dado no site da agência encontra as informações antigas e um comunicado de que "a divulgação foi interrompida porque o índice será revisto e aprimorado". A ANS não comentou sobre se houve pedidos de operadoras e empresas que vendem planos de saúde para que o índice fosse modificado, mas justificou que considera o atual índice "obsoleto".


A agência justifica que a "nova metodologia que está em desenvolvimento pretende alinhar os instrumentos e medidas adotados pela ANS para que as informações sejam mais fidedignas à realidade atual" e que "vem trabalhando intensamente na garantia dos direitos dos consumidores". O novo indicador, informou, "está sendo desenvolvido e deverá estar disponível até o final deste ano e, certamente, será mais um parâmetro eficaz de avaliação para o consumidor."

Recentemente, outro órgão do governo também alterou a metodologias de índice coletado historicamente, o que provocou críticas de que estariam maquiando os dados. Em março, o IBGE mudou o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). A nova fórmula, que passou a contabilizar aportes em pesquisa e exploração mineral como investimentos, e não mais como despesas, entre outras coisas, aumentou os resultados registrados pela economia nos últimos anos.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo