As alergias na pele são reações inflamatórias que podem aparecer em diversas regiões, como mãos, pés, pernas, costas e barriga. Segundo Juliana Toma, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o termo alergia é genérico. "Há vários tipos de alergia: de contato, alimentar, respiratória, medicamentosa e dermatite atópica, por exemplo", afirma a especialista.
Por existirem muitas variações de alergias, Toma indica que os sintomas podem mudar de pessoa para pessoa. Entretanto, os sinais mais comuns de alergia na pele são: lesões vermelhas, descamações e coceira.
Dentre as alergias de pele, a dermatologista indica que as mais comuns são: de contato, seborreica, atópica e medicamentosa. "Como cada alergia é diferente, as causas também são, assim como os sintomas e os tratamentos", aponta Toma.
Na alergia por contato, conforme aponta a dermatologista, a pele reage negativamente quando há o contato com uma substância que causa irritação. "Os sintomas desse tipo de alergia podem ser sentidos imediatamente ou a longo prazo, por isso é preciso estar atento. Pode ocorrer quando há contato com frutas e plantas, por exemplo", diz a dermatologista. Para que esse tipo de alergia seja tratada, é preciso cessar o contato com a substância.
Um outro tipo de alergia de pele é a atópica. Segundo a especialista, a dermatite atópica, como é conhecida, ocorre quando a pele não possui todas as camadas necessárias para a proteção. "A dermatite atópica acontece, principalmente, em crianças e idosos. As causas podem ser tanto genéticas quanto comportamentais", afirma. Quando descoberta, a dermatite atópica requer cuidados e mudanças de hábitos, como a redução do número de banhos por dia e a redução da temperatura da água.
Já na alergia medicamentosa, as reações na pele surgem em decorrência do contato com um medicamento. "As alergias causadas por medicamentos podem mostrar sintomas na pele, mas também no sistema respiratório. Por isso, são graves e, em alguns casos, podem levar à morte", conta Toma.
A alergia seborreica, por sua vez, ocorre no couro cabeludo e é causada pela presença de um fungo comensal. "A existência desse fungo no ambiente é normal, mas a população aumenta em algumas épocas do ano, o que pode causar reação alérgica", afirma a dermatologista. Como sintoma, a alergia seborreica causa a descamação do couro cabeludo, o que pode ser confundido, muitas vezes, com caspa. Como tratamento, Toma indica a ingestão de medicamentos a antifúngicos a fim de controlar a população de fungos no couro cabeludo.
Apesar das indicações de sintomas e tratamentos, a especialista lembra que cada caso é um caso e, por isso, é necessário visitar um médico dermatologista. "Geralmente as pessoas vão ao médico somente depois de tentar um tratamento caseiro em casa, mas essa não é a atitude correta. O certo é, assim que perceber os sintomas, ir ao hospital para uma consulta. Muitas vezes, tratamentos e remédios caseiros podem piorar a situação", finaliza a dermatologista.
*Com supervisão de Sofia Mikrute.