Em diversas campanhas recentes, a SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão) tem reforçado os riscos associados ao manuseio de fogos de artifício. Acidentes com esses artefatos são recorrentes nessa época de festas e podem causar sequelas graves.
Um estudo realizado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) em parceria com o SBCM relatou que, nas últimas duas décadas, o Brasil registrou 218 mortes por acidentes com fogos de artifício, sendo 84 na Região Sudeste; 75 no Nordeste; 33 no Sul; e 26 no Centro-Oeste e no Norte. Além dos cerca de dez óbitos contabilizados todos os anos, a brincadeira pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.
Dados do Ministério da Saúde revelaram que, entre 2019 e 2022, o SUS (Sistema Único de Saúde) registrou 1.548 internações por ferimentos relacionados a fogos de artifício, sendo em média um caso por dia.
Os ferimentos mais comuns atingem as mãos e os olhos, com crianças e adolescentes entre os principais afetados. Problemas como o manuseio inadequado, falhas nos dispositivos e o uso combinado com o consumo de álcool agravam os riscos.
O alerta é que queimaduras graves necessitam de atendimento urgente. Para queimaduras mais leves, sem ferimento, a indicação é lavar com água corrente, proteger com um pano úmido e limpo e procurar um serviço médico.
Para as famílias, os impactos incluem não apenas os danos à saúde, mas também os custos emocionais e financeiros associados às longas jornadas de reabilitação e tratamento.
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