A Prefeitura de Londrina, por meio da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), está promovendo diversas atividades relativas ao Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase.
A data é celebrada no último domingo de janeiro e reforça o compromisso em controlar a doença, promover o diagnóstico e o tratamento precoces, informar e conscientizar a população e desfazer o preconceito.
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada pelo bacilo
Mycobacterium leprae.
O tratamento é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.
Desde o início do mês, dentro do Janeiro Roxo, dedicado à Campanha de Conscientização sobre a Hanseníase, o Município promove ações nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Londrina.
Dentre as quais, está a aplicação, para todos os pacientes no acolhimento, de um breve questionário sobre a presença de manchas no corpo e posterior avaliação pela equipe de saúde dos casos com sinais e sintomas sugestivos da doença. Atividades educativas em sala de espera também estão ocorrendo.
Além disso, algumas unidades estão promovendo o ‘Dia D’ de combate à doença, chamado de “Dia da Mancha”, onde cada UBS oferta avaliação para pacientes com sinais e sintomas de Hanseníase.
Outra iniciativa da SMS é um curso rápido on-line sobre o tema, voltado a profissionais de saúde da Atenção Primária do Município, como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.
A capacitação tem duração de duas horas e apresenta informações, em videoaula, sobre transmissão, diagnóstico, tratamento, acompanhamento e avaliação dos contatos das pessoas que vivem com o paciente.
De acordo com a coordenadora de Saúde do Adulto da SMS, Juliana Marques, o curso explica todos os conceitos importantes da hanseníase.
“O curso traz informações básicas para o profissional de saúde poder avaliar e definir os próximos passos. É importante o médico, enfermeiro e fisioterapeuta estarem bem informados para avaliar o paciente e, se necessário, encaminhá-lo para os serviços de referência, que em Londrina são a Policlínica e o Cismepar. Nestes locais são feitos exames e avaliação com especialista”, informou Marques.
Ainda segundo a coordenadora, a primeira orientação para as pessoas é se autoavaliar.
“A hanseníase é uma doença silenciosa, por isso é preciso se atentar a manchas pelo corpo com falta de sensibilidade – normalmente estas manchas são mais claras do que a tonalidade da pele e sem pelos – bem como formigamento nos pés e mãos. Se tiver estes sinais, é preciso ir até a UBS para passar por avaliação do profissional de saúde e, se houver suspeita, o paciente será encaminhado para o serviço de referência para iniciar o tratamento, se necessário”, disse.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, no ano de 2022 o município de Londrina contabilizou 36 novos casos diagnosticados de hanseníase.
“Acreditamos que existem mais casos, precisamos divulgar mais sobre essa doença para as pessoas procurarem ajuda profissional”, esclareceu Marques.