A Prefeitura de Londrina anunciou, nesta sexta-feira (1º), um planejamento de 1.165 cirurgias eletivas via SUS (Sistema Único de Saúde), que serão realizadas no Hospital Evangélico de Londrina até o início de dezembro. As áreas contempladas serão cirurgia geral, com 613 procedimentos, urologia (343), ortopedia (153) e mais 56 de demais especialidades.
O "Mutirão de cirurgias SUS" custará R$ 6,6 milhões, com base nos valores da tabela do Sistema e custeados por recursos municipais, "projetos do Estado e do Ministério que estavam no arcabouço financeiro” e emendas dos deputados federais Luiz Carlos Hauly, Diego Garcia e Oriovisto Guimarães.
Atualmente, a cidade possui 186 mil pessoas aguardando atendimento na rede municipal, incluindo consultas especializadas, exames, grandes intervenções e reabilitações. Vivian Feijó, secretária municipal de Saúde, informou que cerca de 8.800 estão na fila de espera para cirurgias já com as autorizações de internação hospitalar, “entendendo os três grandes gargalos” que serão atendidos pelo Evangélico, informou. Esse total é dividido entre instituições hospitalares de Londrina e Região Metropolitana.
Anos de Espera
As 1.165 “novas” cirurgias eletivas serão somadas às cerca de 140 já contratadas mensalmente pelo município para serem realizadas no Hospital, além das vindas como casos urgentes e de emergência. Em média, um paciente espera sete anos pela sua operação de grande porte, sendo que os prestadores do serviço também qualificam a fila e certificam a classificação do risco cirúrgico.
Nova Escala
Eduardo Otoni, superintendente da Aebel (Associação Evangélica Beneficente de Londrina), informou que as operações ortopédicas já começaram em julho, e que os procedimentos das demais especialidades serão iniciadas em agosto. Para comportar o número extra, mais enfermeiros e técnicos estão sendo contratados, com “movimentação desde a equipe assistencial, nutricionistas, cirurgiões, anestesistas”.
Os horários de atendimento também foram ampliados para atender a demanda. “Estamos operando agora de segunda a segunda. Vamos entrar também no período noturno e aos sábados e domingos e feriados. A meta é ser um cirúrgico full (cheio) da manhã até a noite”, informou Otoni. O número de leitos seguirá o mesmo, então para “abrir espaço”, pacientes aguardando por pequenos procedimentos serão encaminhados à unidades parceiras.
Fila Zero
O prefeito Tiago Amaral (PSD) considerou que a fila de espera por atendimento na rede municipal “tem uma desestrutura muito grande”, contando que, na última semana, um paciente foi submetido a operação que aguardava desde 2012.
A gestão objetiva a “fila zero” até 2028, buscando atender somente a demanda regular do dia e não mais a "represada de muito tempo", espera Amaral. “Temos pessoas aguardando há nove ou até mesmo quinze anos, mas esperamos que ainda dentro do primeiro mandato consigamos atender a população em três meses, que seria um tempo razoável, no meu entendimento, para um procedimento, dependendo do grau de urgência e gravidade”, pontuou.
Clica e confirma
Em março deste ano, em uma tentativa de melhorar o , Feijó informou que a ‘Clica e Confirma’ seria lançada no mês seguinte.
Em abril, a Saúde disponibilizou a ferramenta, para que os usuários pudessem acessar os agendamentos em seu nome e confirmar, reagendar ou cancelar o horário, além de verificar em qual posição se encontram. O número de pessoas aguardando estava em 186 mil.
As 10 mil a mais aguardando atualmente mostram que “a saúde é muito cíclica e há uma flutuação de acordo com a demanda”, justificou Feijó. “Nós intensificamos os exames diagnósticos, então zeramos a fila de tomografia, ressonância, tomografia com sedação, tudo isso tem um impacto significativo e a fila oscila mensalmente. A saúde não é uma ciência exata e funciona de acordo com o prestador, a oferta e o acesso ao serviço”.
A secretária pediu ainda que os munícipes à espera de atendimento compareçam nas horas marcadas, visto que a Saúde registra um absenteísmo de quase 40% nos exames e consultas agendadas. “Se você não pode ir, avise a unidade de saúde para que possamos convocar outro paciente, na oportunidade você retoma para que possamos esvaziar a fila o mais rápido possível”.
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