O diretor do Butantan, Dimas Covas, diz acreditar que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) demonstrará mais uma vez não se submeter a pressões do governo federal ao decidir sobre o pedido de liberação da Coronavac para uso infantil.
A vacina é produzida pelo instituto, que pediu autorização para que seja aplicada em crianças de 3 a 11 anos. "A agência está demonstrando independência ao longo de todo esse processo. O presidente Barra Torres teve uma postura muito altiva em defesa da instituição", afirma Covas.
Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro (PL) tem atacado a Coronavac por ser associada ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Para Covas, esse fator não dificultará a aprovação pela agência. "É um momento importante para a Anvisa mostrar que é uma instituição de Estado, não de governo. A agência está muito fortalecida", afirma.
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Na semana passada, o Butantan apresentou os últimos documentos e respondeu a questionamentos feitos pela agência. Já há 15 milhões de doses prontas, das quais 12 milhões reservadas para vacinar crianças no estado de São Paulo. A expectativa é de uma decisão para a próxima semana.