Saúde

Casos de SRAG aumentam em crianças com a volta às aulas, afirma Fiocruz

14 fev 2025 às 12:45

O último Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), alerta para a tendência de aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) entre crianças e adolescentes, especialmente entre cinco e 14 anos, com a volta às aulas. 


O retorno ao ano letivo, quando as crianças passam mais tempo em ambientes fechados, em maior contato e com menor circulação de ar, favorece a transmissão dos vírus respiratórios. 


A Pesquisadora do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella destaca que esse cenário tem sido registrado principalmente no estado de Goiás e no Distrito Federal.


“A orientação é ficar em casa, em isolamento, recuperando-se da infecção, para evitar transmitir o vírus para outras crianças dentro da escola e, assim, quebrar a cadeia de transmissão desses vírus respiratórios", disse Tatiana. 


"Se não for possível manter a criança dentro de casa em isolamento, a recomendação é que, caso ela já tenha idade adequada, vá para a escola usando uma boa máscara, especialmente dentro da sala de aula”, completou.



A pesquisadora chamou a atenção ainda para a covid-19 que tem afetado principalmente a população mais idosa, mas também impacta as crianças pequenas e outros grupos de risco.


“A gente pede que essas pessoas estejam em dia com a vacinação contra o vírus para evitar desenvolver as formas mais graves da doença. Além disso, é importante que essa população, principalmente as pessoas que residem em estados com aumento de casos de SRAG por covid-19, use máscaras em locais fechados e também dentro dos postos de saúde”, disse a pesquisadora.


No cenário nacional, a atualização mostra que os casos de SRAG continuam em baixa ou em queda na maioria dos estados da região Nordeste, Sudeste e também do sul do país. 


Em relação à região Norte (Amapá, Rondônia, Tocantins)  e também na região Centro-Oeste (Mato Grosso), a atualização verificou crescimento dos casos de SRAG associado à covid-19, especialmente entre os idosos.


“Contudo, em alguns outros estados da região Norte, como Amazonas, Pará e Maranhão, a gente já tem observado o início de reversão desse crescimento e até mesmo queda do número de novos casos graves por covid-19”, informou a pesquisadora.


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