Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Cuidado

Automedicação traz riscos à saúde

Juliana Santos - Folhapress
30 ago 2021 às 12:48

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Uma caixa de remédios é item que não falta na maioria das casas dos brasileiros. No entanto, enquanto alguns profissionais acreditam que a automedicação seja importante, em casos menos graves, para aliviar a pressão sobre os serviços de saúde, ela também pode virar uma armadilha.


Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

"É um problema de saúde pública", diz Abrão Cury, clínico geral e líder da Clínica Médica do Hcor (Hospital do Coração). "Pessoas muitas vezes fazem uso inadequado de medicamentos não só em relação ao problema que elas têm, mas também à quantidade".

Leia mais:

Imagem de destaque
Lana Tiani

Médica que negou câncer de mama é ordenada pela Justiça a tirar vídeos do ar

Imagem de destaque
Faziam câmaras

Anvisa fecha duas fábricas de bronzeamento artificial na Grande SP

Imagem de destaque
reversão do cenário

Boletim InfoGripe indica manutenção de queda de casos de covid-19

Imagem de destaque
Sabia?

Absorventes internos podem causar choque tóxico se usados por muitas horas


Ele explica que, além de provocar danos ainda mais graves à saúde, o uso não controlado de remédios pode também silenciar sintomas que estão alertando sobre problemas maiores.

Publicidade


Cury ainda cita o uso de antibióticos sem recomendação médica, "podendo causar uma piora do quadro infeccioso, se presente, e gerar resistência": "Esse é um dos motivos pelos quais temos um aumento progressivo da resistência a antibióticos".


O neurocirurgião Ygor Peçanha Alexim, do ICNE-SP (Instituto de Ciências Neurológicas de São Paulo), chama atenção aos medicamentos vendidos sem receita e, assim, mais acessíveis à população. "Os antiinflamatórios [como ibuprofeno e nimesulida] e corticosteróides [como prednisona e dexametasona] causam efeitos colaterais como insuficiência renal aguda, e úlcera gástrica", alerta.

Publicidade


A ivermectina, utilizada para tratar doenças causadas por vermes, pode levar a "uma hepatite medicamentosa fulminante", enquanto a cloroquina altera o funcionamento do coração.


A automedicação pode até agravar o problema que deveria resolver. "Uma das causas mais comuns de cefaleia crônica é o abuso de analgésicos. O diagnóstico ocorre quando o paciente tem dor de cabeça por ao menos 15 dias no mês, e usa analgésicos simples ou múltiplos por ao menos 10 dias".

Publicidade


Uso consciente 


"O paciente pode decidir pelo uso de medicamentos que ele já sabe que são adequados para o problema, e já tenham sido recomendados por médicos", orienta Abrão Cury, clínico geral e líder da Clínica Médica do Hcor.

Publicidade


Ele admite que, às vezes, escolher as combinações mais efetivas e seguras de remédios pode ser difícil até para profissionais da saúde.


E, mesmo com orientação, o paciente ainda pode extrapolar a dose. Páblius Staduto Braga é reumatologista e médico do esporte, e recorda um caso em que prescreveu a um paciente com osteoartrite o uso de um medicamento por cinco dias. No entanto, a pessoa continuou usando o remédio por conta própria, sem contactar o médico –dias depois, voltou ao hospital com dores abdominais e sangramento.

Publicidade


Existem ainda as medicações de uso controlado, como psicofármacos e opióides, que mesmo com exigência de receita médica podem ser abusados por quem os usa.


Apesar dos riscos existirem para todos, alguns grupos são mais frágeis aos efeitos da automedicação.

A dica, em todos os casos, é "sempre fazer contato com um médico quando a dúvida for medicamentos", segundo Braga. "Desta forma, sentirá mais segurança no momento de tomá-lo, e terá garantias maiores de estar utilizado o que for mais correto e seguro".

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo