Depois de três anos de lutas da família para buscar uma solução para uma doença rara, a pequena Manuela Carl, de 5 anos, foi submetida com sucesso a uma cirurgia para corrigir uma escafocefalia, uma condição em que o crânio se fecha precocemente, se desenvolvendo em um formato alongado e estreito da cabeça e dificultando o desenvolvimento do cérebro.
De acordo com a mãe, Priscila Carl, os primeiros sintomas surgiram quando a menina estava com 2 anos, no início de 2022. "Descobrimos a escafocefalia de forma tardia. A Manu sempre foi muito forte e, no início, não reclamava de dores. Desde o diagnóstico, começamos a fazer de tudo por ela e iniciamos uma luta", desabafou a mãe.
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Buscando corrigir a condição, a pequena Manuela já havia passado por dois procedimentos cirúrgicos. O primeiro, realizado no Hospital da Criança, em São José do Rio Preto (SP), pelo médico que diagnosticou a doença, precisou ser interrompido por complicações. Já o segundo procedimento, em dezembro de 2024, inseriu molas entre os ossos do crânio para tentar controlar a pressão intracraniana.
Alguns meses depois, Manuela precisou ainda ser submetida a uma terceira cirurgia, emergencial, para remover as molas implantadas, que começaram a causar dores intensas.
Foi então que Priscila buscou uma nova avaliação com um neurocirurgião pediátrico, em São Paulo, que indicou a necessidade de mais uma cirurgia para correção da escafocefalia. Ainda em São Paulo, a mãe conseguiu uma consulta com Dr. Alexandre Canheu, que também atende na capital paulista, e decidiu pela cirurgia em Londrina-PR. A família iniciou uma campanha para arrecadar fundos para o procedimento, que incluiu uma vaquinha online e recebimento de doações por Pix, com meta de R$ 165 mil.
Após mobilizações para o cumprimento da meta, a pequena Manuela foi submetida a cirurgia no Hospital Evangélico de Londrina na última semana. Apesar da complexidade do caso, Manuela teve alta em menos de 24 horas após a cirurgia. O neurocirurgião pediátrico Alexandre Canheu, responsável pelo procedimento, explicou que o diagnóstico tardio elevou a complexidade técnica da cirurgia.
“Quando se faz essa cirurgia antes de um ano de idade, a reconstrução é mais fácil, pois a estrutura óssea é mais maleável. No caso de crianças maiores, como a Manuela, a reconstrução do crânio é total, e envolve uma compreensão plástica para redesenhar o crânio, mini placas e fios absorvíveis, equipamentos técnicos e maior expertise”, explicou o cirurgião.
Após o procedimento, Manuela permaneceu apenas 24 horas em observação, já se alimentando e se movimentando normalmente. Agora, a família aguarda para retornar a Monte Verde Paulista, no interior de São Paulo, onde mora. A liberação deve ocorrer na próxima terça-feira (12).
Para a mãe, Priscila, a expectativa é de uma boa recuperação e, finalmente, um alívio diante da luta que durou três anos para solucionar a condição da filha. “Ela está se recuperando muito bem. Está com poucas dores. Acredito que a melhor experiência cirúrgica que ela teve foi essa, considerando uma cirurgia desse porte, e uma recuperação tão rápida”, disse.
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