O inverno chegou e com ele as baixas temperaturas. Nesta época do ano, tutores de cães e gatos precisam redobrar os cuidados com o bem-estar de seus animais, com atenção especial à alimentação.
Muitos de nós, humanos, temos tendência a querer comer mais no frio, pois o clima é convidativo para guloseimas e alimentos mais calóricos, que propiciam a sensação de aconchego. Soma-se a isso o período de férias e o isolamento social, que fazem da ocasião um "prato cheio” para a comilança.
Mas o que isso tem a ver com os pets? Bem, sabe-se que existe uma forte tendência à transferência de hábitos dos tutores aos seus melhores amigos. E no âmbito da alimentação isso pode ocasionar diversos problemas aos animais, como o sobrepeso e até mesmo a obesidade num curto espaço de tempo.
Leia mais:
Guarda de pets pós-divórcio: o que diz a legislação brasileira?
Votação vai escolher os nomes das lontras do Refúgio Bela Vista na Itaipu Binacional
Como lidar com luto animal no Dia de Finados: a importância de honrar a memória de pets
Animais do Refúgio Biológico Bela Vista de Itaipu celebram o Halloween
É importante esclarecer que os pets não necessariamente sentem mais fome no frio. O inverno brasileiro é ameno e as condições domésticas em que a maioria dos pets vive, são alguns dos fatores que tornam pouco provável que a temperatura interfira na necessidade de alimento para o funcionamento do organismo dos animais de estimação.
"Grande parte dos cães e gatos que têm lar vive em áreas internas, permanecem no conforto do lar aquecido, com camas, mantas e até roupinhas, e dificilmente saem na rua para exercícios intensos, o que contribui para que mantenham a temperatura corporal estável”, explica o médico-veterinário Flavio Silva, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet®.
Se a temperatura do pet se mantém estável com essas condições, isso significa que o organismo dele não está gastando mais energia para se manter aquecido. "Como não há aumento no gasto energético, não há motivo para repor energia com mais calorias, muito menos para que o animal sinta mais fome. Portanto, o tutor não deve oferecer alimento a mais”, esclarece o especialista.
Dicas para garantir a saúde e bem-estar do pet
Além de evitar o excesso de alimentos, Flavio dá algumas dicas para garantir a saúde e bem-estar dos pets durante a época mais fria do ano e evitar o sobrepeso e obesidade, além de outras doenças.
- Mantenha uma rotina de alimentação com horários fixos. Não deixe o alimento por mais de 15 minutos a cada refeição. Se o animal não comer, retire a vasilha;
- Os petiscos não substituem o alimento completo e balanceado e devem representar no máximo 10% das calorias diárias indicadas para a idade e o porte do animal;
- Não ceda a olhares, latidos ou miados insistentes à beira da mesa. Cada concessão reforça o comportamento indesejável e prejudicial, que nada mais é do que uma "chantagem” do pet;
- Ofereça brinquedos e passeios para o animal não encontrar na comida sua única fonte de distração e prazer;
- Jamais ofereça os restos da alimentação humana ao animal;
- Eduque as crianças para que não compartilhem alimentos com cães e gatos. Do mesmo modo, eduque o pet para que ele não roube comida das crianças.