Essa época do ano é sinônimo de férias em família e os pets, claro, estão incluídos. Se o destino for a região litorânea, hospedagem em hotéis, pousadas ou mesmo ao exterior, os tutores precisam ficar atentos às exigências obrigatórias e aos cuidados de prevenção para evitar doenças oportunistas.
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O médico-veterinário Leonan Filipe de Oliveira, clínico geral e gastroenterologista do Hospital Veterinário Batel, alerta para as diversas situações nas viagens de férias junto com os animais de estimação.
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Um deles é sobre a hospedagem de tutores em hotéis pet friendly, que aceitam hospedar cães e gatos. Ele alerta que, nesses casos, é obrigatório apresentar o atestado de saúde emitido pelo médico-veterinário, no qual irá constar quais vacinas foram aplicadas no animal. “Cada hotel tem seu protocolo de exigências. Por isso, recomenda-se entrar em contato com o hotel com antecedência”, avisa.
Viagens internacionais
Em viagens internacionais, por sua vez, além do atestado médico de saúde, é obrigatória a apresentação do documento de sorologia de raiva e a carteirinha de vacinação. “Cada país tem seu protocolo, mas a vacina contra raiva é exigida por todos. É importante pesquisar sempre com antecedência os protocolos do país para o qual irá viajar”, assinala o médico-veterinário do HVB.
A diretora do HVB, a médica-veterinária Raquel Sillas, reforça a importância de manter o esquema de vacinas sempre em dia. Como muitos tutores acabam esquecendo o mês de retorno para a vacinação anual, foi criado um planejamento anual onde os tutores são avisados sobre o vencimento de todas as vacinas, inclusive com a possibilidade do médico-veterinário ir até a domicílio realizar a aplicação. “Vacinação é um assunto sério e que precisa de regularidade para evitar doenças e outros gastos com medicação e internamentos. Prevenção é sempre melhor do que remediar”, assinala.
Transporte correto em viagens de carro
Outro cuidado importante nas viagens de carro com os animais diz respeito ao seu correto transporte. Nada de carregar o animal no colo ou deixá-lo solto, porque, além de ser infração de trânsito, ele pode se deslocar em curvas mais acentuadas ou freadas bruscas, além de causar distração no condutor. “Procure sempre transportar o animal no banco traseiro e com cinto de segurança apropriado. Atualmente, existem diversas opções no mercado”, orienta.
Leonan ainda aponta que não há necessidade de sedar o animal, mas aconselha realizar paradas a cada duas horas para as necessidades e para manter seu pet hidratado.
Atenção à doença com grande incidência no litoral
Se a viagem for para regiões litorâneas, é importante dar vermífugo com antecedência.
Além disso, no litoral ocorre a maior incidência de uma doença conhecida como “verme do coração”, a dirofilariose.
Considerada uma doença parasitária cardiopulmonar, a transmissão ocorre por meio da picada de mosquitos, como o Aedes Aegypti, Anopheles e Culex, que tenham picado outro hospedeiro infectado previamente.
Assim como outras doenças transmitidas por mosquitos, a melhor solução é prevenir por meio do uso de coleiras repelentes e aplicação de vacinas. Além disso, existem medicamentos orais, tópicos ou injetáveis que podem proteger o pet.
Prevenir é sempre a melhor solução por meio de exames preventivos, check up uma vez ao ano ou sempre que surgirem sintomas no animal, bem como comportamentos atípicos. Tudo isso pode evitar complicações.