À medida que os anos passam para os cachorros e gatos, os pets ficam mais vulneráveis e suscetíveis às doenças da idade e, por isso, à perda de qualidade de vida. Com a maior chance de enfrentar problemas e saúde, os animais devem contar com o carinho e a atenção de seus tutores para mantê-los saudáveis e felizes pelo máximo de tempo possível.
Abaixo, Liz Bales, veterinária da Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, dá três dicas para que os tutores prolonguem a vida e o bem-estar de seus melhores amigos. Confira:
Veterinário - Uma das partes mais importantes para manter a saúde e o bem-estar de cachorros e gatos idosos é estabelecer parceria com um especialista de confiança. Em animais jovens, é recomendado a visita anual ao especialista. Entretanto, quando os pets se tornam mais velhos, o tempo de ir até o veterinário cai pela metade, ou seja, é esperado que o tutor leve seu bichinho ao médico uma vez a cada semestre.
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Com o acompanhamento médico semestral, as chances de descoberta precoce de alguma doença são grandes e, com isso, aumentam também as chances de cura.
O veterinário do animal deve ser de confiança do tutor e, além disso, precisa conhecer tanto o animal quando o dono, já que o diálogo é fundamental para enfrentar as questões da velhice nos bichinhos. É preciso que o tutor se sinta à vontade para fazer quantas perguntas achar necessário, especialmente em momentos em que uma decisão difícil precisa ser tomada.
Cuidados com o peso - Bales aponta que, em um estudo divulgado em 2002, cães que mantinham o peso ideal e tinham uma boa alimentação apresentaram um a dois anos de vida a mais quando comparados com os animais que apresentavam excesso de peso.
Para a veterinária, não existe nenhuma intervenção médica que substitua o controle de peso no animal, já que esse fator influencia - e muito - no quanto o seu bichinho pode chegar a viver. Para isso, Bales aponta que sequer é necessário prestar muita atenção no tipo de dieta do animal, já que o que realmente importa é manter o cachorro ou o gato no peso adequado para a raça e para a idade.
A médica aponta que, além de diminuir a expectativa de vida nos pets, o sobrepeso e a obesidade dificultam e tornam a vida dos animais mais dolorosa. Esse quadro pode influenciar no aparecimento de doenças como artrite, já que o pet carrega muito peso, problemas renais e cardíacos e chegam até a aumentar os riscos do bichinho desenvolver vários tipos de tumores.
Entretanto, se seu animal está com excesso de peso, não se desespere: ainda há tempo de mudar o quadro. Bales recomenda que, nesse caso, a melhor opção é consultar o veterinário, já que cães e gatos idosos podem apresentar algumas restrições de exercícios físicos e podem possuir necessidades alimentares peculiares.
Comportamento - Com o passar do tempo e com a progressão da idade, pode ser difícil identificar quais são as alterações normais no comportamento do cão ou gato e quais são as mudanças que podem representar o sintoma de alguma doença.
Para isso, é necessário prestar atenção em algumas atitudes, como: diminuição do ritmo das atividades diárias, alteração nos locais de urina e fezes, mudanças no humor e na agressividade e problemas na mastigação.
Se seu pet apresenta algum dos sinais citados acima, Bales recomenda que o médico-veterinário seja procurado. As atitudes listadas acima podem parecer mudanças de comportamento simples, mas podem indicar a presença de doenças, infecções e, em casos mais graves, até câncer.
*Com informações do site PetÉPop