Animais de estimação são companheiros, fazem bem à saúde e são aliados para manter nossa saúde mental. Mas cães e gatos também sofrem com ansiedade, depressão e estresse.
Esses distúrbios podem ser desencadeados por fatores relacionados à rotina do pet -como falta de estímulos e passeios- ou pela genética. Pesquisas apontam que até o dia a dia do tutor impacta e aumenta o nível de estresse dos peludos.
Para evitar desvios comportamentais e problemas físicos, o tutor deve investir em medidas e garantir o bem-estar do animal. Nathalia Fleming, médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, lista nove dicas:
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Estabeleça uma rotina positiva: Reserve um tempo para realizar atividades com seu pet, como brincar ou ensinar um truque. É uma oportunidade de estreitar os laços e que fará muito bem para a saúde mental do animal.
Enriqueça o ambiente: O enriquecimento do ambiental é fundamental para os animais. No caso dos cães, o tutor pode esconder petiscos pela casa, e, assim, o olfato será estimulado enquanto ele tenta encontrar o alimento. Existem no mercado brinquedos inteligentes que ajudam a entreter o pet. Para os felinos, arranhadores e bolinhas são os itens preferidos. Outra opção é instalar prateleiras nas paredes, pois eles gostam de escalar e ficam mais confortáveis em espaços altos.
Conheça melhor o comportamento do seu pet: Cães e gatos têm necessidades e rotinas diferentes. Enquanto gatos podem passar horas dormindo, cães podem ficar ativos por longos períodos. Por isso é importante que o tutor entenda e conheça a personalidade do pet e esteja atento a mudanças de comportamento.
Estimule a independência do pet: É importante que o animal consiga ficar alguns períodos longe do tutor de forma confortável. Para isso, é indicado treiná-lo para esses momentos. O tutor pode, por exemplo, ir para um cômodo, deixando o cão no restante da casa. Assim, o animal começa a ter contato com alguns graus de separação e entenderá que ficar separado do tutor por alguns instantes faz parte da rotina. Felinos costumam ser mais independentes, mas é importante que o tutor mostre também ao gato que esses momentos de separação são breves.
Tente deixar o animal menos tempo sozinho: Os animais, especialmente cães, são sociáveis por natureza. Por isso, longos períodos sozinhos podem ser desafiadores. Uma alternativa é considerar deixar o animal em creche especializada ou buscar pet sitter durante o período em que o tutor ficará fora.
Invista em brinquedos: brinquedos inteligentes são ótimos aliados para distrair os cães quando eles estão sozinhos. No caso dos felinos, arranhadores e bolinhas são indispensáveis. É importante também que o tutor estabeleça o momento para brincar com o animal, já que essa interação é ótima oportunidade de estreitar laços e trazer estímulos positivo
Socialização e passeio para os cães: cães gostam de interagir com pessoas diferentes e outros animais. Assim, passeios ao ar livre permitem que o animal gaste energia e contribuem para a manutenção do bem-estar.
Atenção a alterações na rotina dos felinos: oscilações na rotina, chegada da novos membros na família ou mudanças ambientais -como a reorganização dos móveis e alterações nas disposições dos objetos utilizados pelos pets- podem aumentar os níveis de estresse dos felinos. O processo deve ser feito de forma gradual para garantir o conforto do gato.
Busque ajuda profissional: o tutor deve buscar a orientação do médico-veterinário se identificar qualquer mudança no comportamento do animal, como apatia, perda de apetite, falta de interesse em atividades que antes faziam parte da rotina, dificuldade para dormir, vocalização excessiva ou arranhadura em local inadequado, entre outros sinais. O profissional poderá avaliar o histórico do animal e identificar as causas do problema, orientando no tratamento do pet.