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Boa ação!

Projetos arrecadam tampinhas plásticas para pagar castração de gatos de rua

Folhapress
08 dez 2020 às 08:32

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- Reprodução/Pixabay
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Tampinhas plásticas que são descartadas diariamente têm um destino importante quando doadas a alguns projetos de reciclagem: custear a castração de cães e gatos.


Um desses projetos é o Ecopatas, de São Paulo, criado pela bióloga Lúcia Maria Fragoso, 54, em 2018.

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Naquele ano, em viagem a Santa Catarina, ela conheceu o Ecopet Tampas, que já realizava o trabalho com tampinhas para apoiar a causa animal.

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"Eu voltei para São Paulo e comecei a arrecadar os rótulos. Sempre cuidei de animais de rua e vi nisso uma possibilidade de ajudar tanto os bichos como o meio ambiente", diz. No início, seu objetivo era enviar o material para o Ecopet Tampas.

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Ela conta que os primeiros a ajudá-la foram seus colegas de trabalho. "Eles começaram a trazer muitas tampinhas para mim, até que ficou inviável mandar tudo para Santa Catarina", lembra.


Lúcia procurou um projeto parecido em São Paulo, para o qual pudesse doar as tampinhas e colaborar com a castração de animais, mas não encontrou nenhum.

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Foi então que Lúcia, sua filha Nathália Fragoso e a amiga Flávia Monteiro decidiram criar o Ecopatas.


Elas e outros voluntários que participam do grupo arrecadam o material, separam as tampinhas por cores, enviam para reciclagem e, com o dinheiro, pagam castrações de cães e gatos de rua e de comunidades carentes. "Também temos no nosso histórico de castrações dois coelhos que foram abandonados", revela.

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De 2018 até hoje, o projeto já castrou 1.567 animais. São os protetores independentes que fazem os resgates dos bichos, oferecem lar temporário e depois os encaminham para adoção. A função do Ecopatas é arrecadar as tampinhas, levá-las para as empresas de reciclagem, pagar e agendar as castrações com clínicas veterinárias parceiras.


É preciso juntar aproximadamente 65 kg de tampinhas plásticas ou 30 kg de lacres de latinhas de alumínio para financiar uma castração.

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Em Goiânia (GO), o Eco Cats é pioneiro na cidade na coleta de tampinhas plásticas e latinhas de alumínio para castração de gatos de rua.


Por iniciativa de Elisângela Guimarães Messias, 42, o projeto foi criado em 2018.

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Apaixonada por gatos, Elisângela começou a resgatar e castrar gatinhos abandonados em parceria com a amiga Monik Oprea, que é bióloga, catsitter e criadora do perfil no Instagram CatGyn, sobre comportamento e bem-estar felino. ⠀


Quando não conseguiam lares para o bichanos, especialmente os adultos, elas realizavam uma técnica conhecida como C.E.D. (captura, esterilização e devolução), que consiste em castrar os animais e depois devolvê-los ao local onde foram resgatados. O método é o mais indicado por ONGs e veterinários para controlar a reprodução dos gatos ferais.

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"Como o amor falou mais alto, não conseguia lidar com a ideia de só castrar e soltar os gatinhos. Precisa arrumar uma casa para eles. Então começamos, aos poucos, a pegar esses gatos, tanto adultos como filhotes, e tratar, castrar e colocar para adoção. Foi quando tive a ideia de começar a juntar latinhas de alumínio entre amigos e familiares para vender e conseguir uma verba para ajudar nas castrações", conta Elisângela.


Logo ela criou o grupo Latinhas do Bem, mas já no início se deparou com um problema. "Muitos dos estabelecimentos em que pedíamos para servir ponto de coleta se recusavam, eles alegavam que as latinhas davam mau cheiro e poderiam juntar insetos", diz.


"Foi então que, vasculhando no Instagram, conheci um projeto do Rio Grande do Sul que arrecadava tampinhas plásticas, que são mais limpas e fáceis de armazenar", lembra.


Assim, o Latinhas do Bem virou Eco Cats. "Achei a ideia fantástica. Goiânia não tinha nenhum projeto com arrecadação de tampinhas voltado para ajudar animais. Além de amparar os bichos, ainda tem a questão do meio ambiente e o problema sério de reciclagem do plástico."Desde que surgiu, em 2018, o Eco Cats já castrou mais de 460 gatos.

Para quem deseja colaborar com os projetos fazendo doações, tanto Elisângela, em Goiânia, como Lúcia, em São Paulo, dizem que o ideal é doar as tampinhas já separadas por cores -assim fica mais fácil de fazer a triagem e vender para as empresas que reciclam. Também é importante passá-las na água para tirar vestígios de açúcar e outros produtos.


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