A cinomose é uma doença infectocontagiosa que afeta um alto número de cães. Causada por um vírus, ela requer muito cuidado, pois apresenta uma série de sintomas comuns em seu estágio inicial, mas é uma doença que pode se tornar fatal caso não seja detectada rapidamente.
Ela possui alta taxa de mortalidade e não conta com um medicamento para cura. Contudo, uma terapia inovadora da Ourofino Saúde Animal, que utiliza um produto à base de células-tronco especialmente voltada para cães, pode auxiliar no tratamento das sequelas neurológicas da cinomose.
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O que é cinomose?
A cinomose canina é uma doença causada por um vírus que afeta apenas cães entre os animais domésticos (não afeta gatos, aves e roedores). É altamente contagiosa e pode ser transmitida a partir do contato direto ou indireto entre um pet infectado e outro saudável.
O principal grupo de risco são os pets que não recebem o reforço anual das vacinas múltiplas (V8, V10, V11 ou V12). Outros grupos de risco são os filhotes e cães com baixa imunidade.
Quais os sintomas?
Os primeiros sintomas são comuns e costumam afetar os sistemas respiratório e gastrintestinal em um primeiro momento, tendo a diarreia como um dos sintomas iniciais, além de secreções nasal e ocular, perda de apetite, apatia, vômito e febre aguda.
Caso a cinomose siga avançando, ela passa a afetar o sistema neurológico do cão, podendo causar convulsões, contrações musculares involuntárias, falta de coordenação, tiques, alteração de comportamento, dentre outros sintomas.
O pet pode vir a falecer antes mesmo de a doença chegar ao sistema neurológico. Por esse motivo, é essencial diagnosticar a cinomose o quanto antes. Para isso, é preciso levá-lo ao médico-veterinário, que fará o diagnóstico a partir de entrevista com o tutor e uma série de exames laboratoriais no pet.
Tratamento com células-tronco pode ajudar o seu pet
O tratamento inovador da Ourofino, maior grupo farmacêutico-veterinário de origem brasileira, pode ajudar na recuperação de pets que sofrem com as sequelas neurológicas provocadas pela cinomose.
Denominado como NeoStem, o produto é patenteado e indicado para todas as raças de cães que apresentam sequelas neurológicas provocadas pela cinomose e também para os que têm outras doenças como a osteoartrose (que atinge as articulações, reduzindo a mobilidade do cão e gerando grande desconforto) e a ceratoconjuntivite seca (também chamada de “olho seco”, que afeta a produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais do animal).
O tratamento contribui para a longevidade de pets, pois oferece melhor qualidade de vida no dia a dia, reduzindo sintomas como dores e impossibilidade de movimentos. Além disso, evita efeitos colaterais que um tratamento convencional e prolongado com medicamentos poderia oferecer. O tratamento com células-tronco passou a ser regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) em outubro do ano passado.
“A aplicação é simples e intravenosa no tratamento de sequelas da cinomose, não requer anestesia ou qualquer mudança na rotina do pet. Já para as outras indicações, a aplicação é local: diretamente nas glândulas lacrimais para tratar o olho seco e na articulação lesionada para tratar osteoartrose”, destaca Tabatha Kalenski, analista técnica da Ourofino e médica-veterinária.
Como é produzido o NeoStem?
Ele é produzido no laboratório da empresa em Campinas. Após uma série de processos biotecnológicos, as células extraídas de animais que vão para procedimentos cirúrgicos eletivos, como, por exemplo, a castração, passam por controles de qualidade, são multiplicadas e ficam estocadas a uma temperatura de 80 graus negativos, até que haja solicitação por parte de um veterinário para tratar um animal.
“Esses animais precisam ser jovens, de até dois anos, pois a qualidade das células-tronco cai com o passar dos anos. O animal passa por uma bateria de exames para comprovar que é saudável, e quando ele é submetido a um procedimento cirúrgico eletivo, o material, que já é removido na castração, como a retirada de úteros e ovários, é encaminhado para o laboratório, onde é feita a extração de células-tronco do tecido adiposo visceral. Esses animais não são submetidos a um procedimento exclusivo para a coleta de material de células-tronco”, explica Tabatha Kalenski.