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Nova espécie de borboleta é descoberta na Amazônia

09 set 2019 às 15:22

Se na ficção, na aclamada série da HBO Years and Years, em um futuro marcado pelo caos ambiental as borboletas deixaram de existir, na realidade, elas continuam bem vivas e aparecendo – mais precisamente no sul da Floresta Amazônica. Uma nova espécie de borboleta acaba de ser catalogada na Reserva Cristalino Lodge. A descoberta foi feita pela pesquisadora e aluna de doutorado da Universidade de Campinas – Unicamp, Luísa L. Mota, em parceria com a Fundação Cristalino Lodge.

O processo de reconhecimento do novo espécime, a Cristalinaia Vitória, demorou cerca de um ano para ser concluído por Luísa. Inicialmente, a pesquisadora estudava os grupos de borboletas que compartilham um padrão de cores quando a descobriu, por acaso, ainda em forma de lagarta.


Embora pertencente à subtribo Euptychiina, que geralmente apresenta características mais discretas, sobretudo em relação a cor e tamanho, o novo espécime possuí belas marcas alaranjadas na ponta das asas, o que a torna única. Análises moleculares e morfológicas, aliás, apontam que a Cristalinaia Vitória não pertence a nenhum gênero conhecido. Logo, a descoberta não fica restrita apenas à uma nova espécie, mas também a um novo gênero.


Vale ressaltar ainda que apesar do intenso trabalho de pesquisa realizado por Luísa e pelo seu orientador, Dr. André Freitas, apenas dois indivíduos adicionais foram encontrados, o que sugere que a Cristalinaia Vitória é uma borboleta um tanto quanto rara.


O nome escolhido para o gênero, Cristalinaia, faz referência à região Cristalino, onde está situado o hotel Cristalino Lodge. Já o nome da espécie, Cristalinaia Vitória, foi dado em homenagem a Vitória da Riva Carvalho, fundadora do hotel e visionária por trás das reservas privadas do Cristalino.

Os resultados foram publicados em 2019 na Revista Brasileira de Entomologia. Além da descrição da espécie, os pesquisadores também apresentaram sua lagarta e pupa. A descoberta dessa nova borboleta destaca a importância do estudo da Floresta Amazônica do Sul, uma área altamente diversificada e de grande importância para a conservação.


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