O HV (Hospital Veterinário UEL) realizou inseminação artificial em uma cadela farejadora da PM (Polícia Militar), chamada Luna. Ao todo, seis filhotes da raça blood hound foram gerados a partir da gestação. Eles foram trazidos ao HV na última quinta-feira (12) pela PM para acompanhamento. Esta é a primeira inseminação resultado da parceria entre o Hospital e a Polícia Militar do Paraná.
A inseminação foi realizada a partir de um sêmen congelado há dez anos, pertencente a um cão com características adequadas ao trabalho policial. Já a fêmea de quatro anos foi trazida por iniciativa do policial Carlos Melanda, mestre em Reprodução Animal pela UEL (Universidade Estadual de Londrina). Melanda contou com o auxílio da professora Maria Isabel Mello, do Departamento de Clínicas Veterinárias, que coordenou o acompanhamento e o procedimento.
A professora avalia os desafios enfrentados até o nascimento dos filhotes saudáveis. "Luna chegou aqui já no cio, então fizemos acompanhamento e inseminamos. Após 45 dias de gestação, ela teve uma torção gástrica e precisou de cirurgia, o que gerou complicações no parto normal", relata. A profissional conta que primeiro filhote nasceu morto, então foi necessária a realização de uma cesárea, para garantir o sucesso do parto dos outros seis filhotes da raça blood hound. Hoje, a média de peso dos filhotes é de três quilos e estão todos saudáveis.
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A raça blood hound é utilizada pela polícia na localização de pessoas, como idosos perdidos ou suspeitos escondidos. A partir de um ano e cinco meses de idade o cão já pode começar a atuar, portanto desde cedo ele é treinado para o trabalho. Conforme explica o policial Carlos Melanda, a aptidão dos cães já é aferida após o nascimento. "É colocado alimento distante dos filhotes e o desempenho de farejo e procura pela comida é analisado". Segundo ele, o cão farejador é aposentado a partir dos sete anos, quando é designado a algum policial tutor, mas permanece no canil da polícia.
A parceria entre o HV e a PM é constante. Os animais são tratados gratuitamente e também têm acompanhamento de rotina no hospital. Dos seis cães nascidos, um será mantido em Londrina, no canil da polícia, e os outros seguirão para Curitiba, onde a mãe deles Luna também vive e atua.